Portal RBT News

Notícias de Sorriso e região com o foco na política e nos debates mais importantes da cidade.

Notícias de MT Política

Servidores da Câmara Municipal de Sorriso trabalham remotamente, e modelo home office gera debate entre população e vereadores

Fonte: Yan Rocha/RBT News 

A atuação de quatro servidores da Câmara Municipal de Sorriso em regime home office, incluindo profissionais que residem em outras cidades, está no centro de um debate que envolve cidadãos e vereadores locais. Entre os servidores que trabalham remotamente estão o ouvidor, o procurador, o contador e o controlador interno da Câmara. Segundo informações, eles não precisam comparecer fisicamente para bater ponto, o que tem gerado questionamentos sobre a efetividade do atendimento ao público.

A prática, que começou durante a pandemia, foi formalizada pela Câmara por meio de resoluções e portarias em 2022, permitindo que os servidores desempenhem suas funções à distância. Atualmente, um deles mora em Cuiabá, outro em Alta Floresta, enquanto dois residem em Sorriso, mas todos realizam suas atividades de forma remota.

Recentemente, o assunto voltou à tona quando um morador relatou dificuldades em localizar o ouvidor presencialmente para registrar uma denúncia. A situação foi confirmada por novos vereadores, que destacaram a importância de um atendimento mais próximo da população e questionaram a ausência de servidores em funções chave. Eles alegam que o teletrabalho pode dificultar o contato direto com o público e que, no caso da ouvidoria, a presença física facilitaria o atendimento.

Em nota, a Câmara Municipal esclareceu que o modelo de trabalho remoto foi adotado para garantir a continuidade das atividades durante a pandemia e que permanece em conformidade com as normas internas. Ainda segundo a Câmara, os servidores têm condições adequadas em suas residências para executar as tarefas remotamente, e o sistema não interfere na qualidade do atendimento prestado.

A questão agora será discutida pela nova legislatura, que assume em 2025. Alguns vereadores sugeriram que o tema precisa ser avaliado, levando em conta tanto a praticidade do home office quanto as demandas da população, que, para alguns serviços, ainda espera o contato presencial. A Câmara Municipal de Sorriso não descarta a possibilidade de revisar as normas para garantir que o atendimento ao público não seja prejudicado.

O debate sobre o teletrabalho no serviço público em Sorriso reflete uma questão mais ampla que ocorre em diversas instituições do país, onde o modelo remoto, que cresceu com a pandemia, é analisado para definir como pode ou deve ser incorporado às atividades permanentes de órgãos públicos.

Deixe uma resposta