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Vazio Sanitário do Algodoeiro Começa em Mato Grosso para Combater Pragas

Fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do CenárioMT 

O vazio sanitário do algodoeiro em Mato Grosso começou nesta quarta-feira (15) e vai até 14 de dezembro. Segundo Leandro Oltramari, engenheiro agrônomo do INDEA em Lucas do Rio Verde, essa medida é crucial para afastar pragas e doenças das plantações, especialmente o bicudo, que é uma das maiores ameaças à cultura do algodão.

Durante esse período, os produtores devem realizar o controle das soqueiras, eliminando plantas remanescentes que possam servir como hospedeiras para as pragas. Oltramari destaca que há uma normativa específica sobre a destruição das plantas de algodão nesse intervalo, conforme a Instrução Normativa nº 3, publicada em 30 de setembro de 2024, que trata das medidas fitossanitárias no estado.

Mato Grosso é dividido em duas regiões para o plantio do algodão: a região 1, que abrange o sul do estado, e a região 2, onde estão municípios como Lucas do Rio Verde e Sorriso. O calendário de plantio de algodão para essas regiões começa em 15 de dezembro e se estende até 28 de fevereiro de 2025. Além disso, os produtores devem se cadastrar obrigatoriamente até o dia 15 de março de cada ano.

O bicudo é uma praga que gera grande preocupação entre os produtores, com custos de controle em ascensão. Oltramari enfatiza que o manejo adequado dessa praga é vital para a produtividade e qualidade do algodão em Mato Grosso.

Outro desafio é o período de chuvas, que coincide com o vazio sanitário, dificultando o controle das plantas remanescentes. Ao contrário do vazio sanitário da soja, que ocorre na seca, o do algodão acontece durante as chuvas, o que pode complicar o combate às plantas voluntárias.

Os produtores que não cumprirem as exigências poderão enfrentar multas que podem ser significativas, chegando a valores elevados dependendo da área irregular. As penalidades podem alcançar até 30 UPFs, mais 2 UPFs por hectare, totalizando multas que podem ultrapassar R$ 60 mil.

O trabalho do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA) é fundamental para garantir a adesão a essas medidas, ajudando a evitar a proliferação de pragas como o bicudo e assegurando a sanidade das lavouras.

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