REDAÇÃO PORTAL RBT NEWS.
Um homem de 38 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil na última sexta-feira (11.10), após ser acusado de injúria racial e racismo contra uma jovem de 19 anos, funcionária do mesmo frigorífico onde o suspeito trabalhava. Os crimes ocorreram em duas ocasiões distintas, nos dias 3 e 11 deste mês, e envolveram ofensas verbais e mensagens de áudio com conteúdos racistas.
De acordo com relatos, o suspeito proferiu ofensas graves à vítima, referindo-se a ela e a outras pessoas de forma depreciativa e incitando ódio em razão da raça. Entre as expressões utilizadas, constam afirmações como “Colocaram uma negra suja lá. Eu tenho pavor de preto” e “Não quero essa negrada suja aí. Não gosto de negro, sou racista”. Além disso, o acusado fez comentários sobre a aparência das mulheres negras, revelando um conteúdo racista e de natureza sexual.
A jovem, que trabalha no setor de recursos humanos da empresa, procurou a Delegacia da Polícia Civil acompanhada de um advogado após o incidente do dia 11, quando o ex-funcionário, ao comparecer para a rescisão trabalhista, rasgou os documentos e enviou áudios ofensivos a outro colega. Após a denúncia, a polícia realizou diligências na residência do suspeito, onde ele foi encontrado e recebeu voz de prisão em flagrante.
Em sua declaração, o delegado Bruno França, responsável pela prisão, destacou a gravidade do racismo como um problema social persistente. “O racismo é uma desgraça social que nossa sociedade se mostra, de forma cada vez mais clara, incapaz de superar. Atos como o perpetrado pelo autuado impedem que se supere essa vergonha histórica e se materializam em danos concretos do ponto de vista social, econômico e até mesmo da segurança pública”, afirmou o delegado.
Este não foi o primeiro incidente envolvendo o suspeito. No dia 3 de outubro, ele já havia ofendido outros funcionários do frigorífico, demonstrando comportamento agressivo e fazendo ameaças. O supervisor de segurança da empresa relatou que o ex-motorista estava alterado, falando alto e tentando agredir colegas, além de ter confessado ser racista durante a confusão.
Após a prisão, a Polícia Civil encaminhou representação ao Poder Judiciário solicitando a conversão do flagrante em prisão preventiva, dada a gravidade das ofensas e o potencial risco de novos atos racistas.
FONTE JK NOTÍCIAS.