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Polícia Civil de MT prende fazendeiro por envolvimento em furto de defensivos agrícolas

Fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do PJC-MT

Na manhã desta segunda-feira (30), a Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu ordens judiciais contra um fazendeiro suspeito de ser financiador e colaborador de um grupo criminoso especializado em furtos de defensivos agrícolas. Esta ação faz parte da Operação Cerco Verde, conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Os mandados, que incluem uma prisão preventiva e três de busca e apreensão, também visam o sequestro de bens e bloqueio de valores que ultrapassam R$ 1,7 milhão. As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá e estão sendo cumpridas nas cidades de Itumbiara (GO) e Canarana (MT).

O fazendeiro é acusado de receptação qualificada e de integrar uma organização criminosa. Anteriormente, outros integrantes do grupo já haviam sido presos em uma fase anterior da operação, realizada em agosto.

As investigações revelaram que, em 2021, o grupo cometeu furtos em propriedades nos municípios de Ribeirão Cascalheira e Ipiranga do Norte, além de outro furto em dezembro do ano passado, em Araguaiana. Em um dos casos, mais de R$ 864 mil em defensivos agrícolas foram subtraídos e entregues na fazenda do investigado em Itumbiara. Após receber os produtos, o fazendeiro fez depósitos nas contas dos responsáveis pelo furto.

Durante as investigações, ficou evidente que o fazendeiro não apenas recebia os defensivos, mas também desempenhava um papel ativo na organização criminosa. Suas propriedades em Canarana e Itumbiara serviam como locais de apoio logístico, onde o grupo se hospedava e escondia os produtos. Ele também fornecia informações sobre operações policiais e indicava alvos para os furtos.

As investigações indicam que o fazendeiro pode ter adquirido defensivos agrícolas avaliados em cerca de R$ 12,9 milhões. Entre 2021 e 2024, ele transferiu aproximadamente R$ 863 mil para os membros do grupo criminoso.

O delegado Antenor Pimental destacou que o fazendeiro atuava como um colaborador ativo da organização, oferecendo apoio logístico e financeiro. Ele ressaltou que a produção agrícola é um setor vital para a economia de Mato Grosso, o que atrai a atenção de grupos criminosos. As investigações continuam em busca de outros receptadores envolvidos nesse tipo de crime.

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