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Operação da Polícia Civil mira associação criminosa responsável por adulterar e fraudar medidores de energia

Fonte:Redação RBT NEWS com informações da PJC-MT

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis deflagrou, nesta segunda-feira (24.06), a segunda fase da Operação Cattus, visando desmantelar uma associação criminosa dedicada à adulteração e fraude de medidores de energia elétrica.

A operação resultou no cumprimento de 11 mandados judiciais, incluindo quatro de prisão temporária e sete de busca e apreensão, direcionados a indivíduos físicos e jurídicos suspeitos de participação no esquema ilícito.

Segundo as investigações da Derf de Rondonópolis, quatro pessoas se associaram para adulterar medidores e furtar energia elétrica, incluindo um estabelecimento comercial que também foi alvo das ações policiais. A associação criminosa se utilizava de apoio interno de funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços à Energisa, concessionária de energia elétrica do estado.

Dados da Energisa revelam que em 2023, a empresa registrou uma perda de 728 mil gigawatts devido a fraudes e furtos de energia, totalizando uma perda financeira de aproximadamente R$ 150 milhões em impostos para o Estado.

Detalhes da Associação Criminosa

Os investigados identificados no inquérito policial são descritos como sócios em uma empresa de serviços elétricos, responsáveis pela adulteração e instalação dos medidores fraudados em residências. Um dos integrantes da associação criminosa era encarregado de angariar clientes interessados na fraude, além de fornecer o software utilizado para manipular os medidores.

F.D.S.B., que trabalhava em uma empresa terceirizada da Energisa, desempenhava papel crucial na venda de lacres de segurança e na facilitação das instalações fraudulentas. Ele fornecia uniformes e outros materiais identificados com o logotipo da concessionária, utilizados pelos criminosos para passar despercebidos durante as operações de instalação dos medidores adulterados.

Modus Operandi e Clientes da Associação

O esquema operava através de métodos variados, incluindo a adulteração direta dos medidores e simulação de fiscalizações falsas, onde os clientes eram coagidos a pagar para evitar autuações. Os investigadores descobriram que os criminosos não apenas adulteravam os medidores, mas também instruíam os clientes sobre como proceder para minimizar a detecção da fraude.

Fase Anterior e Impacto Econômico

A Operação Cattus teve uma fase inicial em fevereiro de 2022, focada em uma rede de lojas que utilizava métodos semelhantes para furtar energia elétrica. Naquela ocasião, a Polícia Civil, com o suporte da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Energisa, constatou indícios de adulteração em oito unidades comerciais, destacando o impacto econômico e operacional dessas práticas ilegais.

O combate ao furto e à fraude de energia elétrica continua sendo uma prioridade para as autoridades, que agora avançam na identificação e responsabilização dos envolvidos na segunda fase da Operação Cattus, em Rondonópolis.

Este artigo foi escrito por Raquel Teixeira, jornalista colaboradora da Polícia Civil de Mato Grosso, com base nas informações fornecidas pela Derf de Rondonópolis.

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