Ministra do STJ Nega Prisão Domiciliar para Esposa de WT, Alegando Necessidade de Cuidado do Filho
Fonte:Redação RBT NEWS com informações da GD
Em decisão proferida pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi mantida a prisão preventiva de Cristiane Patrícia Rosa Prins, esposa de Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como “WT”. Cristiane havia solicitado prisão domiciliar alegando a necessidade de cuidar do filho menor, mas a ministra destacou que o mérito do pedido ainda não foi analisado pela Justiça estadual.
Cristiane foi detida durante a Operação Apito Final, que desmantelou uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, em Cuiabá. Durante a operação, foram apreendidos diversos veículos em posse de Cristiane, incluindo um Fiat Toro, um Honda Civic e um Mitsubishi Eclipse, cujo valor é incompatível com sua capacidade financeira, e que estão registrados em nome de Paulo Witer.
A defesa de Cristiane entrou com um recurso de habeas corpus contra uma decisão anterior do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que negou seu pedido de liberdade provisória. No recurso, ela alegou “constrangimento ilegal” e argumentou que, devido a sua condição de mãe, a prisão preventiva deveria ser substituída por prisão domiciliar.
No entanto, a ministra Maria Thereza de Assis Moura afirmou que o STJ não pode acolher o pedido, pois a questão ainda não foi julgada pelo tribunal de origem. “A pretensão não pode ser acolhida por esta Corte Superior, pois a matéria não foi examinada pelo tribunal de origem, que ainda não julgou o mérito do writ originário”, explicou a ministra na decisão do último dia 16. Com base nisso, o habeas corpus foi indeferido. Esta não é a primeira vez que um recurso similar foi negado pela ministra; em abril, um pedido anterior com os mesmos argumentos também foi rejeitado.
A Operação Apito Final, que levou à prisão de Cristiane e outros membros da organização, cumpriu 54 ordens judiciais, resultando na prisão de 20 indivíduos, incluindo Paulo Witer Farias Paelo, apontado como líder do grupo. A investigação da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado) revelou que, ao longo de dois anos, a organização movimentou cerca de R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis, utilizados para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
As atividades de lavagem de dinheiro incluíam a compra de veículos de luxo como BMW X5, Volvo CX 60, Toyota Hilux, Amarok, Jeep Commander, além de modelos Toyota Corolla. O grupo também investiu na criação de times de futebol amador e na construção de espaços esportivos, estratégias para dissimular o capital ilícito e integrar os fundos ilegais à economia legal.