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Ministério Público Denuncia Policiais e Segurança por Execuções Sumárias em Mato Grosso

Fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do VGN

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou 17 policiais militares e um segurança particular por forjarem conflitos e executarem sumariamente suspeitos sem julgamento. A denúncia, feita em 12 de junho, veio a público nesta quinta-feira (27), com informações do site Midia News confirmadas pela reportagem.

As investigações levaram à Operação Simulacrum, deflagrada em 2022, resultando na prisão de 63 militares suspeitos de criarem falsos confrontos para matar suspeitos. O grupo é acusado de matar 24 pessoas e tentar assassinar outras quatro.

Entre os denunciados estão os policiais Altamiro Lopes da Silva, Antônio Vieira de Abreu Filho, Arlei Luiz Covatti, Diogo Fernandes da Conceição, Genivaldo Aires da Cruz, Heron Teixeira Pena Vieira, Ícaro Nathan Santos Ferreira, Jairo Papa da Silva, Jonathan Carvalho de Santana, Jorge Rodrigo Martins, Leandro Cardoso, Marcos Antônio da Cruz Santos, Thiago Satiro Albino, Tulio Aquino Monteiro da Costa, Vitor Augusto Carvalho Martins, Wesley Silva de Oliveira, Paulo Cesar da Silva e o segurança particular Ruiter Cândido da Silva.

De acordo com a denúncia, Ruiter era responsável por “selecionar” as vítimas. Ele convencia pessoas a cometerem delitos patrimoniais, prometendo um crime fácil e lucrativo. Em alguns casos, ele se passava por segurança do local para facilitar o roubo. Entretanto, tudo era uma armação: ele conduzia os supostos criminosos até onde os policiais os aguardavam para simular um confronto e executar as vítimas.

A denúncia relata que Ruiter escolhia as vítimas aleatoriamente, de acordo com suas impressões pessoais. Os policiais envolvidos não sabiam quem estavam executando. A parceria entre Ruiter e os policiais começou após um assalto na casa do sogro de Ruiter, irmão de um coronel da PM. Ruiter foi apresentado aos policiais para ajudar na identificação de criminosos, mas a parceria evoluiu para a execução de supostos “bandidos” para promover os policiais e seus batalhões.

Ruiter, em seu interrogatório, confessou seu papel como cooptador e confirmou que as situações eram armadas em conjunto com os policiais militares, com o objetivo de prender e executar suspeitos, independentemente de terem passagens criminais.

A denúncia detalha um esquema cruel e organizado de execuções sumárias, destacando a necessidade de justiça e responsabilização dos envolvidos.

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