Líder de organização criminosa suspeito de lavagem milionária é preso após escapar com tornozeleira eletrônica
fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do G1MT
Um líder de uma organização criminosa, suspeito de lavar mais de R$ 65 milhões em dinheiro ilícito, conseguiu burlar o sistema de monitoramento de sua tornozeleira eletrônica e passou o réveillon de 2023 em hotéis luxuosos de Santa Catarina, acompanhado por três comparsas.
Durante toda a viagem, a tornozeleira indicava que ele estava em sua residência, em Cuiabá, capital do Mato Grosso.
Após uma investigação conjunta entre as Polícias Civis de Mato Grosso e de Alagoas, os quatro suspeitos foram presos como parte da Operação Apito Final.
O líder da organização criminosa já havia sido identificado como o responsável pelo tráfico de drogas em uma região específica, após sua libertação da prisão, e agora enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e outros crimes.
Durante o período em que a tornozeleira eletrônica indicava falsamente que o suspeito permanecia em sua residência, ele e seus comparsas desfrutaram de uma estadia luxuosa em Santa Catarina, aproveitando praias, bares e até mesmo praticando paraquedismo. Essa habilidade de evadir o sistema de monitoramento levanta questionamentos sobre a segurança e eficácia desse dispositivo.
O delegado responsável pelo caso, Gustavo Belão, destacou que a investigação sobre como o sistema da tornozeleira foi burlado ainda está em andamento. Entretanto, ressaltou que o equipamento permaneceu fisicamente em Cuiabá durante todo o período da viagem do suspeito.
A prisão dos quatro indivíduos foi resultado de uma ampla operação policial que mobilizou recursos de diferentes estados, demonstrando a cooperação entre as autoridades para combater o crime organizado.
Além das prisões, a Operação Apito Final resultou na descoberta de um esquema de lavagem de dinheiro que envolvia a compra de diversos bens, incluindo terrenos, casas e apartamentos, muitos localizados em áreas de classe média na capital mato-grossense. Esses ativos eram adquiridos em nome de “testas de ferro”, mas estavam diretamente ligados ao principal alvo da investigação.