REDAÇÃO PORTAL RBT NEWS FONTE G1.

Com apenas 26 centímetros de profundidade no trecho de Barra do Bugres, o Rio Paraguai registrou um recorde histórico de seca neste mês.  

Imagens do local revelam bancos de areia e pedras expostos no leito do rio, particularmente no trecho de Cáceres,  onde a profundidade atual é de 37 centímetros. Em agosto deste ano, o nível chegou a 35 centímetros, bem abaixo do ideal para a estação que seria de 1,44 metro.

A situação não é exclusiva de Mato Grosso. No Pantanal, o nível do rio em Corumbá (MS) está negativo desde 26 de agosto, expondo grandes bancos de areia. Em um incidente recente, no último dia (05.09), um turista morreu após o barco em que estava bater em uma pedra no Rio Paraguai. A seca extrema tem colocado navegantes em risco, e o agente fluvial de Cáceres Magno Luis de Moura, alertou para o perigo dos bancos de areia, que dificultam a navegação, principalmente para embarcações de maior porte.

“É essencial o uso de cartas náuticas atualizadas, atenção ao balizamento das margens e a redução da velocidade, principalmente em áreas desconhecidas”, orientou o agente.

Dos 21 pontos de monitoramento ao longo dos 1.693 km do Rio Paraguai no Brasil, 18 registram níveis de água abaixo do esperado. Em Mato Grosso do Sul, a régua em Ladário aponta que o rio está 25 centímetros abaixo do nível zero, com a expectativa de que o nível fosse de 3,53 metros neste período. A seca também atinge gravemente Porto Esperança (-93 cm) e Forte Coimbra (-150 cm), ambos em Corumbá.

A falta de chuvas, que já dura mais de 140 dias em várias cidades de Mato Grosso, tem causado impactos severos na agricultura, pesca e turismo, com 14 municípios sob decretos de emergência devido à estiagem.

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