G1 MT

Responsável pela morte de cinco bebês em Cuiabá (MT), a bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (conhecida pela sigla KPC) é considerada uma “praga” em ambientes hospitalares, onde se alastra rapidamente e pode ser mortal em recém-nascidos ou pacientes mais debilitados.

  • A KPC faz parte de um grupo de bactérias que são resistentes a antibióticos; por isso, é chamada de superbactéria;
  • O agente infeccioso produz uma enzima que destrói vários antibióticos, medicamentos mais usados em casos de infecções bacterianas;
  • A superbactéria foi identificada no Brasil no início dos anos 2000; desde então, surtos são registrados de tempos em tempos em unidades de saúde.

Como ocorre a transmissão

 

De acordo com o infectologista Carlos Magno Fortaleza, a KPC atinge de forma mais frequente pacientes internados que estão com a imunidade debilitada, como em em UTIs, por exemplo.

  • A transmissão ocorre por meio do contato com os fluidos da pessoa infectada ou por aparelhos de ventilação mecânica, cateteres e sondas;
  • Se há alguma falha no processo de higiene e desinfecção do ambiente hospitalar, ela pode aparecer e se alastrar de pessoa para pessoa. É a chamada transmissão cruzada;
  • A infecção fora do ambiente hospitalar também pode ocorrer, mas a incidência é baixa.

 

“Quando você está no hospital, debilitado, tomando antibióticos, você tem mais facilidade em adquirir esse tipo de bactéria. Elas são quase exclusivamente observadas em ambiente hospitalar. Há também casos de KPC em instituições de longa permanência”, afirmou o médico, que é professor de medicina na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e presidente da Sociedade Paulista de Infectologia.

No caso de UTIs neonatais, que abrigam bebês que necessitam de cuidados após o nascimento, a transmissão ocorre de uma forma muito rápida. E a morte também, de acordo com o médico.

“Por isso ela causa esses surtos que assustam a gente e que são muito tristes”, disse Magno.

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