Fonte:Helen Oliveira/Portal RBT NEWS com informações do GD

O governador Mauro Mendes expressou preocupação com o aumento dos valores das emendas parlamentares tanto no Congresso Nacional quanto na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), classificando-o como “captura do orçamento” que resulta na perda de qualidade na aplicação dos gastos públicos.

Durante uma entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, Mendes afirmou: “Essa captura do orçamento pelo Congresso Nacional está sendo reproduzida nas Assembleias Legislativas (…) Aí começa a ter uma pulverização gigante de recurso. Está tendo uma perda quase completa da qualidade do gasto do dinheiro público. Isso é um problema grave no nosso país”.

O governador destacou que os recursos das emendas impositivas têm sido mal utilizados devido à pulverização das mesmas. Ele ressaltou: “Essa pulverização de emendas distribui um pouco para lá, um pouco para cá. Tem um lado positivo se fosse bem utilizado. Mas quando isso começa a virar essas histórias que conhecemos no Brasil…”.

Essas declarações do governador representam uma crítica indireta aos deputados estaduais de Mato Grosso, que lutaram contra o governo no final do ano passado para aprovar um aumento de 2% do orçamento do Estado destinado às emendas parlamentares. Mendes chegou a judicializar a questão, mas o aumento prevaleceu, com a alteração apenas na destinação, reservando 50% das emendas para a saúde pública.

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, ao ser questionado sobre a declaração do governador, respondeu que Mato Grosso não se encaixa na crítica de Mendes, pois não teve um aumento substancial nas emendas, como ocorreu no Congresso Nacional, que dispõe de mais de R$ 50 bilhões em emendas.

Botelho afirmou: “Nós temos um valor que não é alto. A receita corrente líquida do estado aí vai chegar quase na casa aí dos R$ 35, R$ 40 bilhões e nós temos aqui patamares em torno de R$ 500 milhões distribuídos entre os deputados. Então aqui dentro do estado é muito bem distribuído, eu acho que o deputado faz um trabalho bom com isso, porque ele vê aquelas obras pequenas que como um campeonato de futebol, como uma distribuição de barraca pra feirantes, que o Estado, na sua grandeza, às vezes passam despercebidos”.

A discussão em torno do uso eficiente dos recursos públicos continua, destacando a importância do controle e da responsabilidade na alocação de verbas para garantir o bem-estar da população.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *