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“Foi fraudulento e criminoso”, diz Wilson Santos sobre empréstimos consignados feitos no passado em MT

“Foi fraudulento e criminoso”, diz Wilson Santos sobre empréstimos consignados feitos no passado em MT

O deputado estadual Wilson Santos (PSB) fez duras críticas às operações de empréstimos consignados realizadas anteriormente para servidores públicos de Mato Grosso. Em discurso nesta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa, o parlamentar classificou o modelo antigo como “fraudulento e criminoso”, afirmando que os contratos geraram um passivo que precisa ser revisto e pode acabar judicializado.

“O para trás não está resolvido. O para trás foi feito de forma fraudulenta, de forma criminosa. Os sindicalistas defendem a nulidade dessas dívidas. Isso vai acabar no Poder Judiciário”, declarou Wilson.

As denúncias se referem a contratos firmados em anos anteriores, em que servidores teriam sido lesados por altas taxas de juros e falta de transparência nos termos de adesão. Segundo o deputado, muitos contratos foram realizados sem clareza e sem consentimento adequado dos servidores, o que configura graves irregularidades.

Apesar das críticas ao passado, Wilson Santos afirmou ser favorável à retomada dos empréstimos consignados, desde que os novos contratos sigam critérios rigorosos de legalidade e respeito ao servidor.

“Para frente, nós queremos novos empréstimos consignados, com contratos físicos assinados, sem nenhuma dúvida, total transparência, com taxas humanas, civilizadas. […] 5,5% ao mês que foi cobrado em média é desumano, é criminoso”, disparou.

A fala do deputado ocorre em meio a discussões sobre a reestruturação do sistema de crédito consignado para o funcionalismo estadual. Ele reforçou que não se opõe à ferramenta em si, mas cobra responsabilidade, transparência e justiça nos contratos futuros.

A expectativa é que o tema volte à pauta na Assembleia Legislativa nas próximas semanas, com a possibilidade de audiências públicas e articulações junto ao Executivo para assegurar que os servidores não voltem a ser prejudicados por práticas abusivas.

Por Ana Flávia Moreira/Jornalista

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