diário de cuiabá

Projeto da ferrovia prevê a ligação entre Mato Grosso e o Pará, com o escoamento de produção agrícola

Segundo o jornalista Guilherme Amado, do site MetrópolesLula (PT) aguarda o julgamento do STF para retomar o debate sobre a construção da Ferrogrão.

O projeto ferroviário, como se sabe, é criticado por especialistas em meio ambiente e defensores de direitos indígenas.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse ao jornalista que que o projeto é positivo para o meio ambiente porque diminuirá a circulação de caminhões.

 

O Ferrogrão ligaria Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) ao Porto de Itaituba, no Pará, passando por dentro de uma unidade de conservação ambiental e terras indígenas.

Em 2021, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, suspendeu a eficácia de uma lei de 2017, que altera os limites do Parque Nacional do Jamanxim e cria a área de Proteção Ambiental Rio Branco, no Pará, permitindo o trajeto previsto no projeto, e todos os processos relacionados à concessão da ferrovia EF-170, a Ferrogrão.

Em julgamento previsto para 31 de maio, o STF decidirá se as alterações nas unidades de conservação poderiam ter sido feitas através de uma Medida Provisória, que depois foi convertida em lei pelo Congresso.

“Vamos aguardar a decisão do STF. Mas, todo projeto estruturante é importante para o país”, disse Renan Filho à coluna.

“A ferrovia conecta a produção de grãos aos portos do Arco Norte, preserva o meio ambiente e reduz custos”, completou

Segundo Renan Filho, após a decisão do STF, será possível saber se é possível prosseguir com o projeto ou fazer algum ajuste.

Em um artigo publicado no jornal O Globo, o líder caiapó Doto Takak-Ire chamou o projeto de “ferrovia do genocídio indígena” e disse que ela ameaça a sobrevivência de 48 povos.

O desmatamento provocado pela obra prejudicaria o corredor ecológico do Xingu, afetando os povos indígenas da região e causando desequilíbrio no ecossistema, segundo ambientalistas.

“Vamos ouvir os povos indígenas e vamos fazer análises de risco ambiental. Mas tirar fluxo de caminhões é melhor para o meio ambiente e é melhor para o país”, avaliou Renan Filho.

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