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Condenados, Anderson Torres e Ramagem são demitidos da Polícia Federal

Condenados, Anderson Torres e Ramagem são demitidos da Polícia Federal

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, demitiu nesta quinta-feira (4) da Polícia Federal o ex-ministro da pasta Anderson Torres e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

As demissões fazem parte da condenação dos dois por envolvimento na trama golpista. O ministério oficializou as punições após receber comunicado do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a condenação, avaliar o caso e chancelar a pena.

Sete homens aparecem em retratos alinhados horizontalmente, todos com expressão séria. Dois deles vestem uniformes militares, enquanto os demais usam ternos e gravatas. O fundo varia entre cores sólidas e ambientes internos neutros.
Montagem com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres (à dir.) ao lado do deputado Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin – Evaristo Sá/AFP

Os dois eram delegados de carreira. Eles perderam o cargo público e, com isso, perdem o salário a que tinham direito.

Como a PF está subordinada ao ministério, cabe a Lewandowski oficializar a demissão.

Ramagem está foragido nos EUA. Ele teve o salário da Câmara congelado e é o único condenado do núcleo crucial da trama golpista que está fora do país.

Como é deputado, Ramagem conseguiu suspender parte da ação penal contra ele envolvendo fatos de quando já havia tomado posse na Câmara. Ele foi condenado a 16 anos de prisão por abolição violenta do Estado de Direito, organização criminosa e golpe de Estado.

Torres foi condenado a 24 anos de prisão por abolição violenta do Estado de Direito, organização criminosa, tentativa de golpe de estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Ex-ministro da Justiça, também foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, cargo que ocupava durante os atos do 8 de Janeiro.

O ex-ministro do governo Bolsonaro cumpre pena em cela especial de 54m². Ele está na chamada Papudinha —parte do Complexo Penitenciário da Papuda destinada a policiais presos. O espaço onde ele cumpre pena é maior até que a cela especial criada para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na superintendência da PF em Brasília.

Por Folha de São Paulo

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