Vereadora Jane Delalibera Acusa Colegas de Violência Psicológica e Registra Ocorrência
A vereadora Jane Delalibera registrou um boletim de ocorrência alegando que tem sofrido violência psicológica após apresentar requerimento solicitando auditoria na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. O caso levanta preocupações quanto à violação de direitos e possível prática de violência institucional e psicológica contra uma agente pública mulher.
Segundo a parlamentar, após apresentar o requerimento de auditoria na UPA aprovado pela Câmara Municipal de Sorriso, passou a ser alvo de retaliações dentro da própria Casa Legislativa. No dia 26 de junho de 2025, ela foi convocada para uma reunião a respeito de uma denúncia feita contra ela por uma médica da UPA, em resposta às fiscalizações conduzidas.
Segundo a vereadora, a perseguição teria começado no dia 15 de fevereiro de 2025, poucos dias após apresentar o requerimento que pedia a auditoria na UPA. No entanto, um detalhe chama a atenção para um ponto específico: o assessor jurídico Dr. Fernando Mascarello, apontado como um dos responsáveis pelas pressões contra ela, só foi oficialmente admitido na Câmara por meio de portaria publicada em 19 de fevereiro de 2025 ou seja, quatro dias após o início da perseguição relatado por ela.
Durante a reunião, segundo relato registrado em boletim de ocorrência, a vereadora afirma ter sido confrontada e constrangida em público pelo assessor jurídico especial da Câmara, Dr. Fernando Mascarello. Ela ainda aponta que vem sofrendo pressões constantes por parte do presidente da Câmara, Rodrigo Matarazi, e do corregedor Emerson Farias.
O caso pode se enquadrar no artigo 147-B do Código Penal, que caracteriza como crime causar dano emocional à mulher que prejudique ou perturbe seu pleno desenvolvimento, utilizando meios como ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação ou isolamento, entre outros.
A vereadora afirma que sua atuação está pautada no interesse público, especialmente diante das denúncias de má gestão na área da saúde. O requerimento de auditoria teve como objetivo garantir transparência e assegurar o bom funcionamento dos serviços prestados à população.
Diante da situação, a parlamentar procurou a Delegacia de Polícia para registrar o caso e solicitar providências legais. Ela denuncia que as atitudes dos colegas parlamentares e de assessores jurídicos estão ferindo sua integridade psicológica e profissional, numa tentativa de silenciar sua atuação fiscalizadora.
A denúncia acende o alerta sobre os desafios enfrentados por mulheres na política, especialmente quando exercem seu papel de fiscalização e cobrança de maneira firme. O uso de estratégias para deslegitimar ou intimidar mulheres em espaços de poder configura uma violação aos princípios democráticos e à igualdade de gênero.
O caso segue em investigação pelas autoridades competentes, e a vereadora espera que a apuração seja conduzida com seriedade e independência, para garantir o respeito aos seus direitos e a preservação do estado democrático de direito.

Por Ana Flávia Moreira/Jornalista




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