Vereador é cassado após chamar prefeita de “cachorra viciada”
O vereador Gilson de Souza, conhecido como Gilson da Agricultura (União Brasil), teve o mandato cassado pela Câmara Municipal de Pedra Preta na tarde desta quarta-feira (3). A decisão foi aprovada por oito votos favoráveis, número mínimo necessário para a perda do cargo, enquanto dois parlamentares votaram contra.
A cassação ocorreu após Gilson ser alvo de uma Comissão Processante por ter ofendido a prefeita Iraci Souza (PSDB) durante uma sessão em agosto deste ano. Na ocasião, o parlamentar afirmou que a gestora buscava votos como uma “cachorra viciada”. A declaração repercutiu nacionalmente e provocou reação de movimentos de mulheres e apoiadores da prefeita.
Durante a sessão desta quarta-feira, o plenário estava lotado por moradores e eleitores de Iraci, que acompanhavam de perto a votação e pressionavam pela cassação.
Quebra de decoro parlamentar
O relatório da Comissão Processante apontou que o vereador ultrapassou os limites da crítica política e fez uma ofensa pessoal incompatível com a dignidade do cargo. O documento também citou infrações à legislação municipal e falta de decoro parlamentar, recomendando a perda do mandato.
O relator do processo, vereador Francisco José de Lima (PSDB), ressaltou que todas as etapas legais de defesa foram garantidas ao parlamentar durante o processo.
Defesa do vereador
No plenário, Gilson utilizou a tribuna para se defender, admitindo que o termo usado foi inadequado, mas tentando minimizar a gravidade da declaração:
“Eu reconheço que a palavra foi infeliz. Eu sempre apoiei a prefeita Iraci. E eu sou tão machista que só apoiei duas pessoas aqui em Pedra Preta: Iraci, mulher, e Marilete, mulher.”
A fala provocou reações entre os presentes na sessão.
Suplente assume vaga
Com a cassação, o primeiro suplente do União Brasil, Ronaldo Pereira dos Santos, assume a cadeira na Câmara Municipal de Pedra Preta.




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