Uso de canetas emagrecedoras falsas pode causar danos a órgãos vitais, dizem médicos
Em meio ao aumento do consumo de medicamentos para emagrecer e da procura também por versões falsificadas, a Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (27) uma operação contra uma rede clandestina de produção, fracionamento e comercialização de canetas emagrecedoras com o princípio ativo tirzepatida, presente no Mounjaro, medicamento injetável utilizado para tratamento de diabetes e obesidade.
Segundo especialistas, o uso de remédios falsos pode causar riscos à saúde, uma vez que não se sabe ao certo qual substância está presente no produto. Pode ainda causar contaminação se as seringas não estiverem estéreis. Além disso, no caso do Mounjaro, pode não controlar a glicemia de pacientes com diabetes.
No Brasil, somente empresas farmacêuticas autorizadas pela Anvisa podem produzir e comercializar esses medicamentos agonistas de GLP-1. A venda só pode ser feita em farmácias e drogarias, com retenção de receita médica. Quanto Às farmácias de manipulação, as condições de permissão para fabricação foram divulgadas pela Anvisa em agosto, mas a produção em larga escala não é permitida.
Em nota, a Eli Lilly afirma que não fornece tirzepatida para farmácias de manipulação, clínicas médicas, centros de bem-estar, varejistas online ou qualquer outro fabricante.
“As versões de tirzepatida manipuladas não tiveram sua segurança, eficácia e qualidade avaliadas pela Anvisa, e, portanto, representam riscos potencialmente graves para os pacientes”, diz o laboratório.




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