Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato de Everton Gabriel é preso em Sorriso
A Polícia Civil prendeu um dos suspeitos de envolvimento na morte brutal de Everton Gabriel, encontrado com sinais de tortura e parte do corpo queimado em Sorriso. O delegado Bruno França, responsável pelo caso, detalhou à imprensa que a investigação apontou participação direta de dois homens, além de mandantes ligados ao sistema prisional.
Segundo o delegado, Everton foi visto entrando em uma residência na companhia dos dois suspeitos.
ACESSE NOSSO GRUPO DE NOTÍCIAS
“Eles chegam juntos, entram na casa e permanecem no local por cerca de três horas. Após a 1h da manhã, os dois saem e a vítima já estava sem vida”, explicou Delegado França.
Suspeito preso confessou participação parcial
A polícia identificou e prendeu um dos rapazes, que era amigo da vítima, fator que, segundo o delegado, explica a facilidade de acesso à residência.
O suspeito confessou ter participado da captura de Everton porém negou envolvimento direto na execução. A versão, no entanto, não convenceu a Polícia Civil.
“Ele diz que ‘desistiu’ na hora de matar a vítima, mas essa história não faz sentido. Para nós, é apenas uma tentativa de amenizar a própria responsabilidade”, afirmou França.
O segundo envolvido ainda não foi identificado.
Crime teria sido motivado por suspeita de venda de drogas
De acordo com as investigações, a morte foi ordenada por integrantes de uma organização criminosa.
A casa onde o crime aconteceu foi encontrada completamente revirada.
“Eles procuravam indícios de tráfico, como balança de precisão, droga ou arma. A organização costuma usar amigos próximos para atrair as vítimas, pela facilidade de aproximação”, acrescentou o delegado.
Vítima sofreu tortura antes de morrer
O corpo de Everton apresentava contusões graves na cabeça, sinais de asfixia mecânica e queimaduras de terceiro grau. Segundo o delegado, informações preliminares da perícia indicam que as queimaduras foram causa da morte.
“Isso nos leva a concluir que ele não estava vivo quando foi incendiado. Talvez inconsciente mas não em condições de reagir”, disse França.
Investigação segue com busca por segundo suspeito e mandantes
O suspeito preso se recusou a revelar o nome do comparsa, postura considerada comum em casos envolvendo organizações criminosas. A polícia já sabe que houve mais de um mandante, todos presos em unidades do sistema penitenciário.
França reforçou que a investigação continua.
“Não acreditamos em nada do que um criminoso diz, só trabalhamos com o que podemos comprovar. Há pelo menos mais um envolvido diretamente na cena do crime e mandantes que participaram por videochamada”, concluiu.
A Polícia Civil segue analisando imagens, perícias e dados telefônicos para completar a identificação dos envolvidos e esclarecer todos os detalhes do homicídio.




Deixe uma resposta