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TRE anula cassação de prefeita reeleita por suspeita de compra de votos em MT

TRE anula cassação de prefeita reeleita por suspeita de compra de votos em MT

Por Jardes Johnson, g1 MT

Maria Azenilda Pereira foi reeleita prefeita de Barra do Bugres — Foto: Reprodução

Maria Azenilda Pereira foi reeleita prefeita de Barra do Bugres — Foto: Reprodução

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) anulou a sentença de cassação do registro de candidatura da prefeita reeleita Maria Azenilda Pereira (Republicanos), em Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, por suspeita de compra de votos. A decisão foi determinada durante a sessão plenária realizada nesta quinta-feira (6).

Os membros da corte acolheram por unanimidade o cerceamento de defesa, ou seja, improcedente por falta de provas.

Ao g1, a defesa da prefeita e do vice-prefeito, Arthur José Franco Pereira, considerou a decisão acertada e declarou que estão convictos da honestidade nas ações. Disse também que a verdade será esclarecida na nova oportunidade que eles terão para se defender.

Um novo julgamento de mérito deve ser realizado em breve, para aguardar a conclusão da perícia do celular de Luciana Viana da Silva, eleitora que, segundo a ação, recebeu proposta de R$ 2 mil do filho de Maria Azenilda, Carlos Luiz Pereira Neto, conhecido como Cacá, em troca de voto e apoio político para a mãe, enquanto ela concorria à reeleição para o cargo de prefeita.

Na ação constava ainda que Arnaldo Pereira, pai de Carlos e marido de Maria Azenilda, e Rosandria Cardoso da Silva, mulher de Arthur, teriam oferecido benefícios à Luciana, tais como a construção de um muro na casa dela e um emprego melhor para que Luciana votasse na chapa.

O TRE também irá intimar os participantes para manifestação a respeito dos documentos apresentados. Os envolvidos terão o prazo de dois dias para apresentar alegações finais.

Entenda o caso

Em novembro de 2024, a Justiça Eleitoral cassou o registro de candidatura da prefeita por suspeita de compra de votos. Ela também foi condenada à inelegibilidade por 8 anos e ao pagamento de multa de R$ 200 mil. A decisão foi do juiz Arom Olímpio Pereira, que chegou a determinar a realização de novas eleições em janeiro de 2025.

Além de Maria Azenilda, o vice-prefeito também teve o registro de candidatura cassado e foi condenado a ajudar a pagar a multa de R$ 200 mil.

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