fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do G1MT

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recusou um pedido de habeas corpus feito pela defesa do delegado da Polícia Civil, Geordan Fontenelle Rodrigues, detido em 17 de abril sob suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá. A decisão, assinada pela ministra Thereza de Assis Moura nesta terça-feira (23), foi fundamentada no fato de que a Justiça de Mato Grosso ainda não havia analisado a possibilidade de libertação do acusado.

O advogado de defesa do delegado argumentou que, segundo uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF), não caberia ao STJ julgar habeas corpus antes da deliberação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Entretanto, a ministra justificou a negativa, destacando a necessidade de análise prévia pela Justiça estadual.

Geordan é alvo das investigações da Operação Diaphthora, que visa desmantelar um esquema de corrupção envolvendo policiais civis, advogados e garimpeiros. As acusações incluem corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa e assessoramento de segurança privada.

Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, além de medidas cautelares. As investigações revelaram supostas negociações de propina entre o delegado e garimpeiros dentro da própria delegacia.

A defesa de Geordan nega as acusações e afirma que irá esclarecer e provar a inocência do delegado, enquanto classifica sua prisão como uma medida extrema. Por sua vez, a defesa do investigador Marcos Paulo Angeli, também detido na operação, optou por não se pronunciar sobre o caso.

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