Sorriso (MT): 80 famílias do Assentamento Vitória podem ser despejadas após decisão judicial
Uma decisão liminar da Justiça pode deixar aproximadamente 200 pessoas sem moradia em Sorriso. A determinação, assinada pelo juiz Walter Fabrício Simeone da Silva, prevê a reintegração de posse do Assentamento Vitória, conhecido anteriormente como Assentamento Pé-no-Chão.
A ordem atinge diretamente 80 famílias que ocupam a área há cerca de 14 anos. A maioria construiu suas casas no local, onde estabeleceu raízes, criou filhos e desenvolveu pequenas atividades produtivas para subsistência. Agora, todas elas enfrentam o risco de despejo.
Decisão em caráter liminar
A reportagem teve acesso com exclusividade ao teor da decisão judicial, que ainda não tem data definida para ser cumprida, mas já causa preocupação entre moradores e lideranças sociais da cidade. A medida, caso seja executada, pode agravar ainda mais a crise habitacional no município.
Preocupação social aumenta
A decisão levanta sérias questões sociais. A cidade de Sorriso já enfrenta dificuldades no acesso à moradia, com alto custo de vida e poucas opções de habitação popular. Com a possível retirada das famílias do assentamento, a situação pode se agravar.
Entre os pontos mais preocupantes estão:
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O destino de crianças, idosos e mulheres que residem no local;
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A ausência de um plano de reassentamento ou acolhimento por parte do poder público;
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O impacto no sistema de assistência social do município.
Prefeitura ainda não se manifestou
Até o momento, a Prefeitura de Sorriso não se pronunciou oficialmente sobre a decisão judicial. Não há informações sobre qualquer medida de apoio às famílias afetadas ou sobre um possível recurso à Justiça para suspender ou adiar a reintegração.
Repercussão deve crescer nos próximos dias
A expectativa é de que o caso ganhe forte repercussão nos próximos dias, tanto no campo político quanto entre movimentos sociais e entidades de defesa dos direitos humanos. A situação é acompanhada de perto por lideranças locais, que buscam alternativas para evitar que cerca de 200 pessoas sejam colocadas “no olho da rua”, como muitos moradores definem.
A equipe de reportagem segue acompanhando o caso e trará novas informações assim que houver atualizações.





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