Fonte:Redação RBT NEWS com informações do MPMT

Atendendo a uma solicitação de informações do Ministério Público, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, juntamente com a secretária adjunta do Complexo Regulador da Secretaria de Saúde (SES), Fabiana Bardi, e a médica neurologista e responsável técnica da Central Estadual de Transplantes, Heloisa Helena Siqueira Borges, reuniu-se na tarde desta segunda-feira (29) com o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior. O objetivo foi explicar o funcionamento do sistema de captação de órgãos e realização de transplantes no estado.

Os representantes da Secretaria de Saúde esclareceram que todo o processo de captação e doação de órgãos segue legislações específicas do Ministério da Saúde, coordenado pela Central Nacional de Transplantes e operacionalizado pela Central Estadual de Transplantes. O procedimento é complexo e envolve uma logística integrada desde a decisão da família em doar os órgãos até a realização do transplante no paciente receptor.

“Promotores têm nos relatado que frequentemente são procurados por pessoas dos municípios onde atuam, buscando informações sobre como conseguir realizar transplantes e reclamando da demora na obtenção desse procedimento. Por isso, solicitamos informações à Secretaria de Estado de Saúde e hoje recebemos uma equipe da secretaria, capitaneada pelo secretário Gilberto Figueiredo, que nos passou informações importantes que ajudarão os nossos promotores a atuar nessa questão”, destacou o procurador-geral Deosdete Cruz Junior.

Atualmente, o estado de Mato Grosso realiza transplantes apenas de córnea, mas já conta com uma equipe treinada e qualificada para realizar transplantes de rins, aguardando apenas a formalização de um contrato com um hospital de Cuiabá, o que deve acontecer em breve.

Sobre a demora na realização desses procedimentos, Fabiana Bardi explicou que o processo, desde a doação dos órgãos até a realização dos transplantes, é complexo e envolve várias etapas. “Não basta apenas existir um doador e a família autorizar. Depende, primeiramente, das características de cada possível doador, quais órgãos podem ser doados e suas condições patológicas. Há também uma logística integrada a ser seguida e tudo precisa ser supervisionado e autorizado pela Central Estadual de Transplantes”, explicou Fabiana. Ela ressaltou que os transplantes só podem ser viabilizados através da Central Nacional de Transplantes, por uma fila única, mesmo quando realizados em hospitais particulares.

No próximo mês, será realizada a campanha “Setembro Verde”, que visa conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos para transplantes.

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