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Senadora Margareth Buzetti reage à soltura de empresário de Lucas do Rio Verde acusado de brutal agressão contra ex-companheira

Senadora Margareth Buzetti reage à soltura de empresário de Lucas do Rio Verde acusado de brutal agressão contra ex-companheira

A libertação do empresário, de 32 anos, morador de Lucas do Rio Verde, acusado de agredir violentamente a ex-companheira em via pública, provocou forte reação da senadora Margareth Buzetti (PSD/MT). O caso ganhou grande repercussão após a divulgação de imagens de câmeras de segurança que registraram a vítima tentando fugir de motocicleta enquanto era perseguida, derrubada e atacada com socos e chutes.

O empresário havia sido preso preventivamente em 29 de setembro, mas deixou a cadeia nesta semana após o desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, conceder Habeas Corpus com medidas cautelares. Entre as exigências, estão o pagamento de fiança de R$ 15.180, proibição de se aproximar da vítima e restrições de contato.

A senadora Margareth Buzetti criticou a decisão judicial e chamou atenção para o risco que a liberdade do acusado pode representar. Ela destacou que não se trata de um episódio isolado, já que o empresário possui histórico de violência e ameaças contra mulheres.

“É desanimador quando a gente se depara com notícias como essa. Ainda bem que não evoluiu para um feminicídio, mas até quando vamos depender da sorte? Precisamos mudar a mentalidade para as próximas gerações e, até lá, garantir punição severa para quem comete esse tipo de crime”, disse a parlamentar.

Em sua manifestação, Buzetti questionou diretamente o Tribunal de Justiça de Mato Grosso pela liberação do réu mediante pagamento de fiança.

“O que estamos fazendo enquanto sociedade, gente? Uma mulher foi brutalmente agredida com pontapés e socos no meio da rua. Mesmo com o histórico de violência desse homem, o Tribunal de Justiça liberou. Com a palavra, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso”, afirmou.

Antes dessa prisão, o empresário já havia sido denunciado por ameaças de morte em fevereiro deste ano, quando foi liberado após pagamento de fiança. Também respondeu por porte ilegal de arma e por ofensas contra outra mulher em 2022.

Entidades e movimentos de defesa das mulheres têm ecoado a crítica da parlamentar, apontando falhas na proteção às vítimas em casos de reincidência e violência grave. O temor é que o suspeito volte a atacar, uma realidade comum em crimes previstos pela Lei Maria da Penha.

O processo segue em andamento e a Justiça deverá fiscalizar o cumprimento das medidas impostas. Caso descumpra qualquer determinação, Cervo pode voltar para a prisão.

Para Buzetti e organizações sociais, o caso simboliza um alerta urgente: a violência contra mulheres permanece em patamar elevado, e as respostas do sistema judicial precisam acompanhar a gravidade e a reincidência desses crimes.

Por Ana Flávia Moreira/Momento MT

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