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Secretaria de Educação se manifesta sobre denúncia contra zelador em escola de Sorriso

Secretaria de Educação se manifesta sobre denúncia contra zelador em escola de Sorriso

A Secretaria Municipal de Educação de Sorriso se manifestou sobre uma denúncia de possível abuso sexual envolvendo uma aluna de 10 anos e um servidor terceirizado de uma escola da rede pública municipal. O caso veio à tona na última sexta-feira (27), quando a criança relatou o episódio à coordenação pedagógica da unidade, após o término das aulas da tarde.

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Segundo a secretária de Educação, o homem apontado na denúncia é zelador da escola e atua no local há mais de 20 anos. Ele trabalha desde as 4h da manhã e costuma sair por volta das 15h. No momento em que a menina relatou o ocorrido, o servidor já havia deixado a escola. “Imediatamente após o relato, acionamos o Conselho Tutelar, os pais da criança foram chamados e a menina foi encaminhada para uma escuta especializada”, relatou a secretária.

De acordo com o que foi informado pela criança, o suposto abuso aconteceu por volta das 11h40, quando ela chegou adiantada para a aula que começa às 13h e foi até a sala onde o funcionário costuma descansar no intervalo do almoço. Segundo a secretária, a menina afirmou que entrou no local para cumprimentar o zelador, a quem considerava “amigo”, e saiu de lá carregando uma sacola com doces, supostamente entregues por ele.

A gestão escolar verificou as imagens das câmeras de segurança que mostram a entrada da criança na sala, mas não há gravações internas, pois se trata de um espaço de uso restrito e sem circulação de alunos.

Questionada sobre a possibilidade de fuga do servidor, a secretária negou: “Ele não evadiu. Inclusive, entrou em contato com a escola nesta segunda-feira perguntando se poderia trabalhar. Foi informado que está afastado e que o caso está sob investigação”. Ainda não há informações se o suspeito confessou ou apresentou defesa formal.

A Prefeitura reforçou que o trabalhador é vinculado a uma cooperativa e que, mesmo assim, todos os documentos e antecedentes criminais são exigidos durante a contratação. “É um colaborador antigo, nunca houve nenhum relato anterior, nem algo que levantasse suspeita. Mas a denúncia está sendo levada com toda seriedade”, afirmou.

A Secretaria também orientou pais e responsáveis a conversarem com os filhos sobre possíveis situações anormais. “As crianças precisam ser ouvidas e acolhidas. As escolas e a Secretaria estão abertas para receber relatos e prestar apoio. Casos assim exigem atenção imediata e, quando necessário, afastamento preventivo do servidor investigado”, destacou.

A menina segue recebendo apoio psicológico e pode ser acompanhada também pelo Ministério Público. O caso é investigado pela Polícia Civil.

 

Por Ana Flávia Moreira

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