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Secretária adjunta da Saúde é alvo de investigação por desvio de verbas no SUS durante pandemia

Secretária adjunta da Saúde é alvo de investigação por desvio de verbas no SUS durante pandemia

Secretária adjunta da Saúde é alvo de investigação por desvio de verbas no SUS durante pandemia

A secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, é um dos alvos da Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (5). A operação investiga o desvio de verbas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Regional de Cáceres, com suspeitas de fraude nas contratações realizadas durante a pandemia da COVID-19.

Caroline já havia sido mencionada em investigações anteriores, incluindo a Operação Espelhos, em janeiro deste ano, por suposto envolvimento em um esquema de associação criminosa na área da saúde. Na época, ela foi apontada pelo Ministério Público Estadual (MPE) como responsável por favorecer empresas do grupo criminoso, contratando-as a preços acima do mercado. A operação resultou em uma denúncia contra Caroline, que na época ocupava um cargo de destaque na SES-MT.

Apesar da denúncia, a Justiça de Mato Grosso rejeitou as acusações contra a secretária adjunta em duas ocasiões, alegando falta de elementos que comprovassem seu envolvimento no esquema. O juiz responsável pela decisão afirmou que não havia provas suficientes para sustentar a acusação, como trechos de conversas diretas entre Caroline e os membros da organização criminosa.

A Operação Panaceia, que investiga fraudes semelhantes, cumpre 15 mandados de busca, uma prisão temporária, o afastamento de dois servidores públicos e o bloqueio de R$ 5,5 milhões. O esquema de desvio de verba, que foi revelado após auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), envolvia servidores públicos e agentes privados que direcionavam recursos da saúde para empresas de um grupo fechado, prejudicando a concorrência e a transparência nas contratações.

Os contratos fraudulentos começaram durante a pandemia e continuaram mesmo após a Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso alertar sobre as irregularidades. Até agosto de 2024, os recursos federais destinados ao grupo envolvido somaram cerca de R$ 55 milhões.

O Hospital Regional de Cáceres, que é referência para 23 municípios e atende cerca de 400 mil habitantes, é um dos principais alvos da investigação. A Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) não se pronunciou sobre o caso até o momento.

As investigações seguem em andamento, com o objetivo de identificar todos os envolvidos no esquema de corrupção.

Fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do GD

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