Fonte:Redação RBT NEWS com informações do CANALRURAL

O anúncio do Plano Safra 2024/2025, inicialmente programado para esta semana, foi adiado para o dia 3 de julho, decisão tomada em reunião conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Fernando Haddad (Fazenda). A justificativa oficial foi permitir uma apresentação mais detalhada dos valores a serem disponibilizados durante o próximo ano-safra.

No entanto, o adiamento foi recebido com forte reprovação por parte de entidades ligadas ao agronegócio. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou a prorrogação, considerando-a um reflexo de desorganização e ineficiência do governo federal. Em comunicado, a FPA expressou preocupação com o fato de que o atraso comprometerá a cobertura inicial do novo plano, o que pode impactar negativamente a liberação de créditos essenciais aos produtores rurais.

O economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, destacou que o adiamento demonstra falta de consideração com o calendário agrícola nacional e com as necessidades urgentes dos agricultores. Para Da Luz, o cronograma para o anúncio do Plano Safra deveria ter sido seguido na primeira quinzena de maio, permitindo tempo suficiente para que as medidas necessárias fossem implementadas antes do início efetivo do ano-safra.

“É inédito que o Plano Safra seja anunciado após o início do período agrícola. Os produtores dependem dessas informações para planejar suas atividades, adquirir insumos e garantir uma produção eficiente para a safra 2024/2025. Este atraso evidencia uma priorização política em detrimento das necessidades práticas do setor”, afirmou o economista.

A expectativa agora se volta para o anúncio oficial na próxima semana, com a esperança de que o governo apresente um plano robusto e eficiente, capaz de atender às demandas crescentes do agronegócio brasileiro sem comprometer o desenvolvimento econômico do setor.

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