Presidente da OAB-MT repudia fala de José Medeiros na CPMI do INSS: “Conduta inaceitável”
A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, repudiou nesta sexta-feira (24) a postura do deputado federal José Medeiros (PL) durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada na quinta-feira (23). Segundo ela, a conduta do parlamentar foi “inaceitável” e a entidade deve “adotar as medidas competentes” contra o deputado.
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O embate ocorreu quando Medeiros discutiu com a advogada Izabella Gomes, que participava da sessão. Durante a fala, o deputado fez referência a um país fictício chamado “Banania”, onde, segundo ele, haveria desordem na advocacia, e chegou a usar o termo “advogado porta de cadeia”, expressão considerada ofensiva pela categoria.
Gisela Cardoso afirmou que o parlamentar desrespeitou as prerrogativas profissionais e atacou a advocacia.
“Um deputado federal de Mato Grosso desrespeita as prerrogativas e ataca a advocacia. Extrapolando sua atividade parlamentar, ofende uma advogada no exercício da profissão e tenta criminalizar a advocacia utilizando expressões pejorativas”, declarou.
Nas redes sociais, a presidente da OAB-MT reforçou o posicionamento e disse que a entidade tomará providências institucionais.
“Não posso deixar de manifestar e lamentar o episódio ocorrido na CPI do INSS, onde um deputado federal de Mato Grosso desrespeita as prerrogativas e ataca a advocacia. Extrapolando sua atividade parlamentar, ofende uma advogada no exercício da profissão e tenta criminalizar a advocacia utilizando expressões de cunho pejorativo.
Tão importante quanto o exercício do mandato parlamentar é a defesa do contraditório e da ampla defesa, garantidos constitucionalmente, pilares do Estado Democrático de Direito e que têm como agentes e guardiões as advogadas e os advogados. A OAB Mato Grosso vem atuando firme contra as violações de prerrogativas e desrespeito aos profissionais da advocacia, e assim continuará. Juntamente com o Colégio de Presidentes Seccionais e o Conselho Federal, adotaremos as medidas competentes, exigindo respeito às nossas prerrogativas e à advocacia”, afirmou.
Por Ana Flávia Moreira/RBT NEWS




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