×

Policiais civis fazem ato em frente à Delegacia Geral em Cuiabá e cobram reestruturação de cargos e salários

Policiais civis fazem ato em frente à Delegacia Geral em Cuiabá e cobram reestruturação de cargos e salários

Policiais civis de Mato Grosso se reuniram na manhã desta segunda-feira (10) em frente à Delegacia Geral, em Cuiabá, para cobrar do governo do Estado a reestruturação das carreiras da Polícia Civil, prevista em lei federal. O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Investigadores e Escrivães da Polícia Civil (Sinpol-MT), que reivindica o cumprimento da norma que prevê a transformação dos cargos atuais de escrivão e investigador em oficial investigador.

Durante o ato, representantes da categoria afirmaram que o objetivo é abrir diálogo com o governo e alertaram que o Estado vem protelando a reestruturação, o que tem causado insatisfação entre os servidores.

“Na verdade, o que nós queremos é o diálogo com o governo do Estado. Há uma lei federal que impõe a necessidade da reestruturação dos cargos, transformando escrivão e investigador em oficial investigador. É lei e lei se cumpre. Porém, o Estado está protelando, e nós estamos cobrando essa reestruturação com o devido acompanhamento da reestruturação salarial”, afirmou um dos representantes do movimento.

A categoria também cobra que a nova estrutura venha acompanhada de ajustes salariais proporcionais e compatíveis com outras carreiras de nível superior do serviço público estadual.

Segundo o sindicato, a intenção é manter o diálogo, mas, caso não haja avanço nas negociações, os policiais podem deflagrar a chamada “Operação Legalidade” — uma ação em que os servidores se comprometem a cumprir estritamente o que está previsto em lei, sem realizar atividades extras que atualmente mantêm o funcionamento da instituição.

“Se não chegarmos a um consenso com o governo, infelizmente, como última medida, teremos que deflagrar a Operação Legalidade. Isso significa cumprir exatamente o que a lei manda: 40 horas semanais, delegados acompanhando flagrantes e liberações de cadáveres, entre outros procedimentos. Se fizermos isso, infelizmente, a Polícia Civil para, porque hoje trabalhamos muito além do que é previsto”, explicou o porta-voz da categoria.

Os representantes ressaltaram ainda que não estão pedindo aumentos fora da realidade orçamentária, mas apenas equilíbrio com outras carreiras de nível superior.

“Nós queremos apenas ganhar a média das demais carreiras. Qualquer gratificação ou bônus que o governo queira oferecer é bem-vindo, mas isso não substitui a reestruturação que estamos reivindicando”, completou.

O sindicato informou que aguarda uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, o secretário de Segurança Pública e o secretário de Planejamento (Seplag) para tentar avançar nas negociações.

Caso não haja acordo, a categoria poderá anunciar, nos próximos dias, a data de início da Operação Legalidade, o que pode impactar diretamente o ritmo de trabalho nas delegacias de todo o estado.

Por Ana Flávia Moreira/Estadão MT

Deixe uma resposta