Pedimos transparência no algoritmo, diz Tabata sobre proteção das crianças
Um novo projeto de lei busca estabelecer medidas mais rigorosas para proteger crianças e adolescentes nas redes sociais, incluindo multas para empresas que monetizem conteúdos com imagens deste público vulnerável. A iniciativa também prevê maior regulamentação dos algoritmos utilizados pelas grandes empresas de tecnologia.
Em entrevista ao CNN360º, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) destacou que o foco da proposta não está no conteúdo publicado pelos usuários, mas na infraestrutura e nos mecanismos de funcionamento das plataformas.
“Vamos olhar para a infraestrutura, para o algoritmo, para o financiamento, porque senão a gente fica atrás da coisinha pequena, que não é o importante”, explica a parlamentar.
Entre as principais medidas propostas está a exigência de maior transparência sobre quem financia conteúdos impulsionados nas redes sociais. A identificação por CNPJ dos responsáveis pelo financiamento de publicações permitiria, por exemplo, rastrear a origem de conteúdos fraudulentos ou prejudiciais.
No caso específico da proteção às crianças, o projeto propõe que os algoritmos sejam ajustados para não criar dependência. “A gente não deveria, como sociedade, achar bom ter uma criança 10 horas, 15 horas na rede social sendo viciada por aquele conteúdo”, afirma Tabata.
A resistência das plataformas à implementação dessas medidas, segundo a deputada, está relacionada ao impacto financeiro que a transparência pode causar. Com regras mais claras, haveria menor circulação de recursos provenientes de atividades ilícitas e maior cautela no investimento em impulsionamento de conteúdo.
Por CNN




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