Fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do CenarioMT

Em uma ação conjunta nesta quarta-feira (5), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT), com o apoio do CIOPAER e do GAECO/MPMT, deflagrou a Operação Ragnatela. A operação visou desmantelar a maior facção criminosa do estado, que operava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro em casas noturnas de Cuiabá.

Cerca de 400 policiais foram mobilizados para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão em Mato Grosso e no Rio de Janeiro. A operação resultou no sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores públicos e suspensão de atividades comerciais.

Investigação Revela Esquema Complexo

A FICCO descobriu que a facção criminosa estava infiltrada na gestão de casas noturnas em Cuiabá, usando esses locais para realizar shows de artistas conhecidos. O financiamento dos eventos era feito pela facção em parceria com promoters, e os criminosos evitavam contratar artistas de áreas controladas por facções rivais, sob ameaça de violência.

Conivência de Agentes Públicos e Tráfico de Celulares

As investigações também apontaram que agentes públicos estavam envolvidos no esquema, recebendo propina para facilitar a emissão de licenças e ignorar leis urbanas. Além disso, foi descoberto um esquema de tráfico de celulares para dentro de presídios, permitindo que líderes da facção, mesmo presos, mantivessem comunicação com membros em liberdade e coordenassem atividades criminosas.

Transferência de Lideranças

A facção articulava a transferência de suas lideranças para presídios com menor rigor, facilitando a comunicação com os criminosos fora da prisão.

Prisão de Líderes

No sábado (1º), dois dos principais alvos da operação foram presos pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, usando documentos falsos e portando dinheiro em espécie e joias. Eles foram detidos e posteriormente presos com base nos mandados da Operação Ragnatela.

Força Integrada de Combate ao Crime Organizado

A FICCO/MT é composta por policiais da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar, e realiza ações integradas para combater o crime organizado no estado.

Balanço da Operação Ragnatela

  • 8 prisões preventivas
  • 36 mandados de busca e apreensão
  • 9 sequestros de imóveis
  • 13 sequestros de veículos
  • 2 afastamentos de cargo público
  • 4 suspensões de atividade comercial
  • 68 bloqueios de contas bancárias

A Operação Ragnatela representa um golpe significativo contra o crime organizado em Mato Grosso, desmantelando um esquema de lavagem de dinheiro e desarticulando o núcleo de uma das principais facções criminosas do estado. As forças de segurança pública reforçam seu compromisso de combater atividades ilícitas e proteger a população.

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