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“Nenhum brasileiro viu Bolsonaro cometer crime”, afirma governador Mauro Mendes em coletiva

“Nenhum brasileiro viu Bolsonaro cometer crime”, afirma governador Mauro Mendes em coletiva

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), se posicionou nesta sexta-feira (12) sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante coletiva de imprensa. Mendes classificou o julgamento como “mais um capítulo que continua dividindo o Brasil” e defendeu a anistia ampla para pacificar o país.

Segundo o governador, não houve crime cometido por Bolsonaro que justificasse a decisão judicial.

“Tem um brasileiro que viu o presidente Bolsonaro cometer um crime? Eu não vi nenhum golpe, não vi nenhum tiro, não vi nenhum tanque na rua. Pensar em fazer algo nunca foi crime neste país. Talvez se pensaram, talvez se imaginaram, mas não fizeram”, declarou.

Mendes afirmou que a condenação teve caráter político e criticou a falta de debate sobre problemas estruturais do Brasil.

“Enquanto o país discute essas polêmicas, a dívida pública cresce, os juros sufocam a economia e a Previdência continua tendo déficit histórico. Isso não é discutido”, pontuou.

O governador também reforçou sua convicção a favor da anistia, citando episódios do passado e comparando com outras manifestações.

“Já houve anistia várias vezes neste país, inclusive para pessoas que torturaram e cometeram grandes crimes. Eu não vi nenhum brasileiro ver o presidente Bolsonaro cometer crime. Defendo uma anistia que pacifique o Brasil”, disse.

Ao comentar sobre os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, Mendes reconheceu que houve erros, mas questionou a proporcionalidade das penas.

“As pessoas do 8 de janeiro fizeram algo errado, sim. Mas já vi muitas vezes o MST invadir o Congresso, quebrar prédios públicos, e nunca vi ninguém condenado a 14 ou 17 anos. Isso precisa mudar”, argumentou.

Para Mendes, a anistia seria o caminho para “tirar o Brasil da polarização” e retomar o foco em pautas como economia, geração de empregos e políticas sociais.

Por Ana Flávia Moreira/Jornalista

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