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Municípios do agronegócio elevam Mato Grosso ao topo da renda do trabalho no Brasil

Municípios do agronegócio elevam Mato Grosso ao topo da renda do trabalho no Brasil

Dados recentes do IBGE mostram que o trabalho remunera 84,5% da renda domiciliar média em Mato Grosso, porcentagem mais alta do país. Em 17 das 20 maiores taxas registradas no Brasil, os municípios estão no Estado, muitos impulsionados pela força do agronegócio. Destacam-se Querência (93,7 %), Sapezal (93,5 %), Primavera do Leste (92,9 %) e Campo Novo do Parecis (92,7 %). Outros municípios como Sorriso (92,6 %), Santa Cruz do Xingu (92,1 %), Campos de Júlio (91,7 %) e Alto Taquari (91,6 %) também formam o top 10.

Por que o trabalho domina a renda familiar em MT

Enquanto em muitos estados brasileiros as famílias dependem fortemente de aposentadorias, transferência social ou aluguéis, em Mato Grosso a renda do trabalho ocupa posição central no sustento familiar. A predominância desse tipo de renda indica que a maioria dos lares depende de ocupações formais ou informais para sobreviver. Essa particularidade reforça o peso econômico e social da atividade produtiva no Estado.

Municípios “campeões” do trabalho

Querência lidera o ranking no Brasil, com 93,7% da renda familiar proveniente do trabalho — ou seja, quase todo o sustento dos lares ali depende de emprego ou negócio próprio. Sapezal aparece logo atrás, com 93,5 %. Primavera do Leste, Campo Novo do Parecis, Sorriso, Santa Cruz do Xingu, Campos de Júlio e Alto Taquari também figuram entre os mais dependentes da renda do trabalho. Esses municípios revelam que, mesmo nas áreas rurais ou mesorregiões, a força produtiva orienta diretamente a vida das pessoas.

Desafios e vulnerabilidades dessa dependência

A dependência extrema do trabalho como fonte de renda pode deixar os municípios vulneráveis em crises econômicas, quebra de safra ou retração do agronegócio. Se empregos forem perdidos ou cadeias produtivas forem afetadas, muitas famílias enfrentarão dificuldades severas. Além disso, a concentração dessa dependência revela que outras fontes de sustento — como aluguéis, aposentadorias ou programas sociais — têm participação menor.

Esses dados também desafiam gestores públicos e políticos a promoverem políticas de diversificação econômica, capacitação profissional e proteção social nos municípios com menor participação da renda do trabalho.

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