Moradora de Sinop faz retratação após declarações sobre supostas demissões por posicionamento político

Uma moradora de Sinop utilizou as redes sociais para publicar uma retratação pública após repercussão negativa de declarações anteriores nas quais afirmava que estaria ocorrendo uma suposta “limpa” de demissões contra trabalhadores de esquerda em empresas identificadas como de direita, em razão de manifestações políticas relacionadas à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em vídeo amplamente compartilhado, a mulher chegou a afirmar que pessoas estariam sendo demitidas por comemorarem o episódio.

“Está correndo uma limpa de demissões aí de pessoas de esquerda que trabalham nas empresas de direita. Nada mais justo”, disse na ocasião.

Diante da repercussão, ela voltou às redes para esclarecer e rever sua posição. Em vídeo, afirmou que se manifestava de forma “responsável e transparente” para se retratar das declarações feitas anteriormente, reconhecendo que qualquer forma de punição ou retaliação a trabalhadores por convicção política é ilegal.

“A demissão, punição ou qualquer forma de retaliação a trabalhadores em razão de sua convicção política é incompatível com a Constituição Federal de 1988, com os Tratados Internacionais de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil e com a legislação trabalhista vigente”, declarou.

Na retratação, a moradora ressaltou que empregadores não podem demitir, vigiar, punir ou constranger funcionários por orientação político-partidária ou por manifestações políticas lícitas, inclusive em redes sociais, destacando que tais práticas são ilegais e passíveis de responsabilização.

Ela afirmou ainda que suas falas anteriores não devem ser interpretadas como incentivo ou defesa de perseguição político-ideológica no ambiente de trabalho. Segundo a autora, a forma como as declarações foram feitas pode ter gerado interpretações equivocadas e insegurança quanto aos direitos fundamentais dos trabalhadores.

“Faço esta retratação de forma consciente, reafirmando meu compromisso com a legalidade, com a dignidade da pessoa humana e com o respeito às diferenças que caracterizam uma sociedade verdadeiramente democrática”, concluiu.

Por Ana Flávia Moreira

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