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Mato Grosso registrou o pior agosto em termos de incêndios florestais nos últimos 14 anos, com mais de 470 focos de incêndios diários. Setembro iniciou de forma ainda mais alarmante, com 1.600 focos registrados apenas nos dois primeiros dias, uma média de 800 por dia. Em agosto, o Estado contabilizou 14.617 focos de calor, representando 55% de todos os focos registrados em 2024, que totalizam 26.480 até o momento. O último mês de agosto superou o recorde anterior de 2010, que havia registrado 17.459 focos. Os dados são do programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A situação é particularmente grave na região turística da Chapada dos Guimarães, onde o fogo já consumiu cerca de 14 mil hectares. Mato Grosso lidera o número de queimadas no país, e os incêndios florestais, agravados pela seca, levaram o governo estadual a declarar situação de emergência por 180 dias, com foco principal na preservação do Pantanal.

O aumento no número de focos de incêndio em agosto de 2024 foi impressionante, com um crescimento de 456% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 2.626 focos. O número de incêndios em agosto deste ano também superou o acumulado de janeiro a julho, destacando a gravidade da situação.

Especialistas alertam que 2024 pode se tornar ainda pior do que 2020, ano em que grandes incêndios devastaram parte do Pantanal. Comparado a agosto de 2020, o número de focos em agosto de 2024 foi 40% maior, com 10.430 registros naquele ano.

Romildo Gonçalves, biólogo especialista em fogo, explica que as altas temperaturas e a baixa umidade criam um cenário propício para a propagação de incêndios. Segundo ele, o pico da seca em Mato Grosso ocorre entre agosto e setembro, indicando que o estado ainda enfrenta um período crítico em setembro.

O especialista também ressalta que até outubro ainda há risco significativo de incêndios em várias partes do estado e do país. Embora as primeiras chuvas sejam esperadas a partir de 15 de setembro, o fogo provavelmente continuará a representar uma ameaça até o próximo mês.

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