Mãe de Ivan se emociona após prisões e agradece à polícia: “Um alívio diante de tanta dor”

As investigações sobre a morte de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, avançaram significativamente nesta semana com a prisão de três suspeitos em Sorriso (MT). O caso, inicialmente apresentado como uma briga de bar, foi desmentido ao longo do inquérito policial e passou a ser tratado como homicídio premeditado, com motivação passional.

advogado da família, Dr. William Puhl, destacou que as versões fornecidas inicialmente pelos envolvidos foram completamente desconstruídas durante as investigações conduzidas pela Polícia Civil.

“Ficou comprovado que não houve briga, nem discussão por som alto, nem qualquer ofensa racial. Foi um ataque planejado. A vítima mantinha um relacionamento com uma médica, companheira do mandante do crime. A partir disso, toda a linha de investigação mudou”, explicou o advogado.

Segundo ele, a mãe da vítima, dona Vera Bonotto, ficou profundamente abalada ao saber dos desdobramentos, mas expressou gratidão.

“Ela chorou muito, mas disse sentir alívio por ver que a justiça está sendo feita. Agradeceu ao trabalho da Polícia Civil e da DHPP pelo esforço na busca da verdade”, relatou.

As investigações apontam que, ao descobrir a traição, G. T. teria planejado a morte de Ivan com o apoio da companheira, S. I. M., que é médica. O executor, identificado como D. G., foi contratado para atrair e atacar a vítima. O crime ocorreu no dia 22 de março, dentro de uma distribuidora de bebidas, e foi registrado pelas câmeras de segurança.

Mesmo ferido, Ivan ainda foi socorrido e levado ao Hospital 13 de Maio, onde permaneceu internado por 22 dias. Apesar de apresentar sinais de melhora, ele morreu em 13 de abril após uma parada cardiorrespiratória.

A frieza dos envolvidos chamou a atenção dos investigadores. Apenas quatro minutos após Ivan dar entrada no hospital, S. I. M. chegou ao local, se apresentou como amiga da vítima e, nesse curto tempo, subtraiu o celular do paciente, apagando mensagens, fotos e um vídeo considerado crucial para a investigação. Três dias depois, devolveu o aparelho à família, já com os arquivos deletados.

Inicialmente, os envolvidos tentaram sustentar a versão de uma confusão entre bêbados. O empresário G. T. alegou não conhecer a vítima, enquanto D. G. afirmou ter agido em legítima defesa. No entanto, as imagens, depoimentos e laudos periciais desmentiram as versões, revelando a relação íntima entre as partes.

“Constatamos que houve planejamento minucioso, envolvendo execução, ocultação de provas e fraude processual. A médica foi a principal articuladora das ações para encobrir o crime”, afirmou o delegado Bruno França.

A Justiça expediu mandados de prisão e de busca e apreensão contra os três investigados. S. I. M., G. T. e D. G. foram alvos da operação deflagrada nesta terça-feira (15).

A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer todos os detalhes do crime, que chocou a população de Sorriso e expôs um enredo de traição, ciúmes e execução planejada.

Por Portal Sorriso

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