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Lula provoca Romeu Zema e diz que adversário ‘não aprendeu a descascar banana’

Lula provoca Romeu Zema e diz que adversário ‘não aprendeu a descascar banana’

O presidente Lula (PT) minimizou a força política do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que ele “não vai para lugar nenhum” e zombou do adversário afirmando que ele “não aprendeu a descascar banana”.

As declarações foram dadas nesta quinta-feira (11) em solenidade da Caravana Federativa, evento do governo federal em Belo Horizonte

Em discurso, Lula lembrou do início de seu mandato, quando convidou os 27 governadores a irem para Palácio do Planalto para indicar obras para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

“O Zema não falou nada porque só queria comer banana com casca, ele não tinha aprendido a descascar banana ainda. Ele não vai a lugar nenhum. O cara que não aprendeu descascar banana, não pode querer fazer nada mais”, afirmou o petista, sob aplauso dos aliados.

Na sequência, ele ainda sugeriu que daria um “curso a distância” ao adversário sobre como descascar uma banana.

A declaração faz referência a um vídeo gravado por Zema em fevereiro deste ano no qual o governador mineiro comeu uma banana com casca para criticar a inflação dos alimentos. Em agosto, Zema lançou sua pré-candidatura à Presidência e tem feito acenos ao eleitor bolsonarista.

Em vídeo em rede social, o governador respondeu a Lula e pediu que o presidente “respeite Minas e os mineiros”.

“Enquanto o Lula se incomoda comigo comendo banana, eu me incomodo muito mais de ver ele na Presidência com seu filho sendo sendo acusado de receber mesada de R$ 300 mil por mes de mesada do chefe do esquema de corrupção que roubou dinheiro dos velhinhos do INSS”, declarou.

Segundo reportagem do portal Poder360, uma testemunha afirmou à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que o filho do presidente Fábio Luiz recebia uma mesada de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, um dos principais acusados no escândalo.

Aliados de Lula dizem que não há nenhum documento que embase a acusação.

Lula participou em BH de uma caravana itinerante do governo federal que presta atendimento e suporte técnico a gestores municipais e estaduais. Mais cedo, o presidente foi a inauguração de um centro de radioterapia em hospital em Itabira, na região central do estado.

Esta é a oitava viagem de Lula a Minas neste ano. O presidente intensificou a agenda no estado na tentativa de construir um palanque no segundo maior colégio eleitoral do país, que costuma ser uma espécie de termômetro para as eleições presidenciais.

Até o momento, porém, o PT e os partidos de esquerda não conseguiram construir uma candidatura para governador do estado em 2026. O nome mais forte era do senador Rodrigo Pacheco (PSD), mas a tendência é que ele deixe a vida pública após ser preterido na escolha ao STF (Supremo Tribunal Federal), em que o presidente indicou seu advogado-geral da União, Jorge Messias.

Outras possíveis candidaturas citadas com potencial de servirem como palanque para Lula em 2026 são as do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PDT) e, mais recentemente, do presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Leite (MDB).

Interlocutores dos dois políticos, porém, ainda não cravam que o nome deles estará nas urnas, principalmente de Tadeu, que passou a ser sondado para uma filiação no PSB.

Na entrevista ao Portal Uai, Lula disse não ter desistido de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como candidato ao governo de Minas em 2026.

“Eu disse pro Pacheco: ‘Cara, eu tô te pedindo para você me ajudar a ganhar as eleições para a Presidência da República. Você será governador do segundo estado mais importante do Brasil. Você pode fazer a diferença nesse processo eleitoral’. Ele relutou, relutou, mas ele pensa que eu desisti, eu não desisti”, afirmou o presidente.

O senador já indicou a Lula não ter intenção de entrar na disputa, além de ter sido um dos cotados para assumir a vaga de Luís Roberto Barroso no STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente optou por indicar Jorge Messias para a posição.

Por Folha de São Paulo

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