‘Lei Felca’: após vídeo sobre ‘adultização’, vereadores apresentam projetos contra conteúdo que sexualiza crianças e adolescentes em Cuiabá
O vereadores Rafael Ranalli (PL) e Tenente Coronel Dias (Cidadania) protocolaram projetos de lei contra a sexualização e adultização de crianças e adolescentes, na Câmara de Cuiabá, nesta segunda-feira (11). A proposta surgiu após a repercussão do vídeo publicado pelo youtuber e humorista, Felipe Bressanim Pereira, de 27 anos, mais conhecido como Felca, onde ele denuncia o influenciador paraibano Hytalo Santos por exploração de menores (assista acima).
A publicação com a denúncia possui quase 50 minutos de duração e, até a última atualização desta reportagem, tinha mais de 28 milhões de visualizações.
Os dois projetos, nomeados de “Lei Felca”, apresentam propostas diferentes. O texto de Ranalli proíbe a produção, divulgação ou promoção de qualquer conteúdo que caracterize a sexualização ou adultização de crianças e adolescentes.
O projeto prevê punições que vão desde advertência por escrito até multas que variam de R$ 126 mil a R$ 1.260.400,00, além de suspensão temporária e, em casos graves ou de reincidência, cassação definitiva do alvará de funcionamento. O documento apresenta o que caracteriza sexualização e adultização:
- Sexualização: exposição de menores a imagens, sons, coreografias, textos ou encenações que explorem a sexualidade de forma precoce ou inadequada.
- Adultização: atribuição a crianças e adolescentes de comportamentos, gestos, vestimentas ou falas de cunho erótico ou sensual, incompatíveis com a idade, tanto em contextos artísticos quanto midiáticos.
A proposta abrange produtores de conteúdo, influenciadores, agências de marketing, patrocinadores, eventos presenciais e publicações digitais realizadas em Cuiabá, mesmo que hospedadas em plataformas de outros estados ou países. Além de qualquer pessoa física ou jurídica que participe da criação, difusão ou monetização desse tipo de material.
Caso seja aprovado, a fiscalização ficará por conta da Secretaria Municipal de Ordem Pública, com apoio do Conselho Tutelar e da Secretaria de Assistência Social. Os valores arrecadados com as multas serão destinados ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.




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