Fonte:Redação RBT NEWS com informações da GD

Cotriguaçu, 20 de junho de 2024 – Nedite Nunes Siqueira foi absolvida pelo Tribunal do Júri de Cotriguaçu do homicídio de seu esposo, Mário Videira, ocorrido em 2013. O caso ganhou destaque devido à alegação de Nedite de que agiu em legítima defesa da honra de suas filhas, que teriam sido vítimas de abuso sexual por parte do marido, além da apropriação indébita dos recursos financeiros do sítio da família.

O crime ocorreu em um sítio na Comunidade de Nova Esperança, zona rural de Cotriguaçu, onde Nedite, na época com 53 anos, utilizou uma foice para atacar Mário, que veio a falecer devido aos ferimentos. A ré foi presa em flagrante no mesmo dia, mas sua prisão foi posteriormente convertida em preventiva, sendo liberada dois meses após o ocorrido.

Durante o julgamento, o Ministério Público de Mato Grosso defendeu a condenação de Nedite. Em contrapartida, a defesa, representada pelo advogado Dener Felipe Felizardo e Silva, argumentou pela absolvição, invocando a “inexigibilidade de conduta diversa” e pleiteando a desclassificação do crime para homicídio privilegiado, alegando a existência de motivo de relevante valor social e moral, bem como a influência de violenta emoção.

O Conselho de Sentença reconheceu a autoria e materialidade do crime, porém decidiu absolver Nedite por maioria de votos. A juíza Gezicler Luiza Sossanovicz Artilheiro, da Vara Única de Cotriguaçu, acatou a decisão do júri e declarou a improcedência da pretensão punitiva estatal.

A decisão marca o desfecho de um caso complexo, onde questões de justiça e moralidade se entrelaçam de forma intensa, refletindo a sensibilidade e o peso das circunstâncias que levaram Nedite a cometer o ato extremo.

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