Justiça começa a ouvir testemunhas do caso Jacyra, morta pelo ex-companheiro em pesqueiro de Sorriso
A Justiça de Mato Grosso começou a ouvir nesta semana testemunhas e familiares de Jacyra Grampola Gonçalves da Silva, de 24 anos, assassinada pelo ex-companheiro José Alves dos Santos, de 31 anos, em um pesqueiro na cidade de Sorriso, no dia 17 de agosto. A denúncia foi apresentada pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal.
De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), José foi denunciado por feminicídio majorado. Segundo o promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino, o denunciado não aceitava o fim do relacionamento e teria agido com dissimulação, ao enganar a vítima com a promessa de um “presente”. Além disso, o crime ocorreu de maneira que dificultou a defesa da jovem, que estava sentada e desprevenida no momento dos disparos.
A investigação conduzida pela delegada Layssa Crisóstomo indiciou José pelos crimes de feminicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo e aumento de pena por descumprimento de medida protetiva. Conforme a Polícia Civil, o casal havia se separado em maio e, desde então, o agressor apresentava comportamento possessivo e ameaçador.
Após o crime, José fugiu e foi preso nas proximidades de Paranatinga. Durante o interrogatório, afirmou que teria comprado a arma em Cuiabá e que pretendia se entregar 24 horas após o homicídio. Segundo a delegada, o suspeito demonstrou frieza e sarcasmo, e não apresentou arrependimento.
O crime aconteceu quando o autor, que bebia com um colega em uma mesa próxima, chamou Jacyra até o carro afirmando que entregaria um presente que teria chegado por encomenda. Diante da recusa, ele retornou ao veículo, pegou a arma e efetuou disparos que atingiram a cabeça da vítima.
O corpo de Jacyra, que era estudante de administração e tinha se mudado para Mato Grosso para estudar e trabalhar, foi sepultado em Belém, cidade natal da jovem. Emocionada, a mãe dela, Jaciara Gonçalves da Silva, lamentou o futuro interrompido da filha.
“Ela tinha vários sonhos que queria realizar, era uma menina cheia de sonhos. Não morreu para mim. Vai ficar para sempre dentro de mim, no meu coração”, declarou.
O processo segue em andamento na Justiça de Mato Grosso.
NORTÃO MT




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