Juiz mantém ação de R$ 300 mil contra acusados de chacina em Peixoto de Azevedo
O juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá), negou pedidos das defesas e determinou o prosseguimento da ação de indenização por danos morais e materiais movida por Erneci Afonso Lavall. Ele acusa Bruno Gemilaki Dal Poz, Inês Gemilaki e Eder Gonçalves Rodrigues de invadir sua casa durante uma confraternização e cometer uma chacina em abril de 2024.
Segundo a acusação, o trio matou Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo a tiros, feriu gravemente outras pessoas entre elas o próprio Erneci e José Roberto Domingos — e provocou prejuízos materiais estimados em quase R$ 28 mil.
Na esfera criminal, os três respondem por homicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de tentativa de homicídio. A ação cível, no entanto, busca uma indenização de R$ 300 mil por danos morais, alegando “profundo abalo psicológico” à vítima e sua família.
A defesa de Inês pediu que a ação fosse parcialmente extinta, alegando falta de especificação dos bens danificados e atribuindo culpa exclusiva à vítima, que supostamente teria ameaçado a empresária e o filho. Também contestou o valor solicitado, pedindo a redução para, no máximo, R$ 30 mil.
Já Bruno questionou a validade das provas apresentadas, afirmando que as notas fiscais não tinham assinatura e que alguns comprovantes de pagamento seriam inválidos. Ele ainda pediu a condenação de Erneci por litigância de má-fé e solicitou perícia para confirmar os danos.
Ao analisar o caso, o magistrado concluiu que a responsabilidade civil pode ser definida de forma independente da ação penal e que a suposta falta de detalhamento dos bens não caracteriza inépcia. Também rejeitou a perícia solicitada por Bruno, destacando que a documentação já anexada aos autos é suficiente para comprovar os prejuízos.




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