Impunidade é o grande mal do Brasil”, diz Xuxu Dal Molin ao defender esforço integrado contra a violência
DA ASSESSORIA
Deputado aponta contradição entre prosperidade econômica e violência em Sorriso
Em entrevista ao Jornal da Cultura, transmitido pela Rádio Cultura FM de Cuiabá na semana passada, o deputado estadual Xuxu Dal Molin (União) chamou atenção para uma contradição preocupante que afeta Sorriso, uma das cidades mais prósperas de Mato Grosso. Apesar de ser referência nacional em produção agropecuária e geração de renda, o município também se destaca negativamente pelos índices alarmantes de violência, especialmente contra mulheres.
Durante a conversa com os jornalistas Antero Paes de Barros e Michely Figueiredo, o parlamentar abordou a necessidade de ações integradas entre os poderes estaduais e federais para enfrentar o aumento da criminalidade. “Infelizmente, Sorriso não está mais no cenário nacional apenas como um grande produtor de alimentos, emprego e renda. Agora, ela também aparece como uma cidade com alto grau de violência, principalmente contra as mulheres”, lamentou.
Impunidade: combustível para a criminalidade
Segundo o deputado, a impunidade é um dos maiores desafios enfrentados pela Segurança Pública brasileira, funcionando como um motor para o avanço da criminalidade. Ele enfatizou que a sensação de que os crimes não têm consequências concretas incentiva a atuação de criminosos e agrava os problemas sociais e econômicos do país. “Os bandidos se sentem livres para fazer o que querem porque a nossa Justiça, com as audiências de custódia e tudo mais, tem priorizado a soltura. O Brasil precisa rever todo esse sistema para acabar com a sensação de impunidade”, destacou.
Dal Molin também apontou que essa ausência de punições efetivas fragiliza a confiança da sociedade no sistema de justiça, criando um ambiente propício para o crescimento de facções criminosas, o tráfico de drogas e os casos de violência extrema, como feminicídios. “A impunidade é o grande mal do Brasil. Ela cria todo esse ambiente que prejudica a segurança pública e os investimentos, além de gerar um aumento expressivo da violência. Isso precisa mudar”, defendeu.
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