“Fui autora da CPMI que revelou o maior esquema de corrupção do INSS”, diz Coronel Fernanda
A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) afirmou que a prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, é um reflexo direto do trabalho da CPMI do INSS, criada por ela para investigar fraudes e desvios bilionários no sistema previdenciário. Stefanutto é suspeito de participar do esquema que causou prejuízos a milhares de aposentados e pensionistas em todo o país.
“Eu fui a autora da CPMI que descobriu o modus operandi do maior esquema de corrupção já visto dentro do INSS. A casa começou a cair! Essa prisão mostra a importância da CPMI que propus na Câmara. É o começo da justiça sendo feita, e nós vamos até o fim!”, declarou a parlamentar.
Congresso poderá atuar junto ao STF
No mesmo dia da prisão, a CPMI aprovou um requerimento da deputada para que Câmara e Senado ingressem como amicus curiae (amigos da corte) na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 1.236, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
O pedido será encaminhado aos presidentes Hugo Mota (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado) e busca permitir que o Congresso Nacional participe da análise do acordo firmado entre o governo federal, o INSS e outras instituições, responsável por definir as regras de ressarcimento aos aposentados vítimas de descontos indevidos.
A parlamentar explicou que o objetivo é garantir transparência, ampliar prazos e assegurar que todos os beneficiários tenham seus direitos preservados.
“Esse requerimento é mais um passo para garantir justiça e reparação aos aposentados. Muitos ainda nem sabem que têm direito a receber o que lhes foi tirado de forma indevida”, afirmou.
Esquema bilionário
De acordo com dados da Advocacia-Geral da União (AGU), o esquema investigado desviou mais de R$ 6 bilhões, mas apenas R$ 2,4 bilhões foram efetivamente devolvidos até o momento.
Coronel Fernanda ressaltou que a CPMI vem cumprindo seu papel de expor e combater a corrupção dentro do sistema previdenciário.
“Essa CPMI está escancarando a corrupção no governo Lula e a participação de setores ligados ao PT e a sindicatos. Agora, é hora de a sociedade unir forças e dar um basta nesse Brasil que estamos vivendo”, disse.
Prisões e desdobramentos
Além de Alessandro Stefanutto, também foram presos Vinícius Ramos da Cruz, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Neto, Thaisa Hoffmann Jonasson (esposa de Virgílio), André Paulo Félix Fidelis, Tiago Abraão Ferreira Lopes, Cícero Marcelino de Souza Santos, Carlos Roberto Ferreira Lopes e Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior. Antônio Carlos Camilo já estava preso anteriormente.
Por fim, a deputada fez um apelo à população para que continue acompanhando o trabalho da CPMI e cobrando providências.
“Assim como eu tive a coragem de propor e instalar essa CPMI, agora é hora de toda a sociedade exigir, cobrar e dizer basta. O Brasil precisa reencontrar o caminho da verdade e da justiça”, concluiu.
Por Ana Flávia Moreira/Momento MT




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