Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro criticam Michelle por ser ‘autoritária’
O primeiro a criticar abertamente a ex-primeira-dama foi o senador Flávio Bolsonaro.
Ele reagiu a ataques que ela fez à aproximação de bolsonaristas com Ciro Gomes no Ceará. O deputado André Fernandes está costurando uma aliança com ele no Estado.
“A Michelle atropelou o próprio presidente Bolsonaro, que havia autorizado o movimento do deputado André Fernandes no Ceará. E a forma com que ela se dirigiu a ele, que talvez seja nossa maior liderança local, foi autoritária e constrangedora”, disse o filho mais velho de Jair Bolsonaro ao colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.
Na sequência, os irmãos endossaram Flávio.
“Meu irmão Flávio Bolsonaro está correto. Foi injusto e desrespeitoso com o André Fernandes o que foi feito no evento [em que Michelle criticou o parlamentar]”, escreveu Eduardo. “Não vou entrar no mérito de ser um bom ou mau acordo, foi uma posição definida pelo meu pai. André não poderia ser criticado por obedecer o lider”, completou.
Já Carlos Bolsonaro escreveu que o irmão mais velho “está certo e temos que estar unidos e respeitando a liderança do meu pai, sem deixar nos levar por outras forças!”.
No domingo (30), Michelle Bolsonaro criticou a aproximação do deputado estadual André Fernandes, presidente do PL no Ceará, com Ciro. Ela foi ao estado participar do lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo-CE) ao governo.
“É sobre isso. É sobre essa aliança que vocês [PL] se precipitaram a fazer. […] Fazer aliança com o homem [Ciro] que é contra o maior líder da direita isso não dá, isso não dá. […] A pessoa não levanta a bandeira branca. A pessoa continua falando que a família é de ladrão, é de bandido. Compara o presidente Bolsonaro a ladrão de galinha. Então, não tem como”, criticou Michelle Bolsonaro.
André Fernandes depois declarou à imprensa: “Se ela diz que foi uma aliança precipitada, então é uma aliança precipitada do próprio marido dela”.
Ciro Gomes já criticou Bolsonaro centenas de vezes, acusando o ex-presidente, por exemplo, de cometer genocídio na pandemia de Covid-19, de protagonizar “roubalheira” e de ser ladrão de galinha.
Para bolsonaristas próximos da família, o desentendimento expõe uma divisão antiga que deixa de um lado os enteados e, de outro, a madrasta, que disputa com eles protagonismo na administração política do legado de Jair Bolsonaro.




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