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Filha cobra Justiça após laudo indicar que acusado de feminicídio pode não responder pelo crime

Filha cobra Justiça após laudo indicar que acusado de feminicídio pode não responder pelo crime

A filha da mulher assassinada em um caso que abalou Lucas do Rio Verde voltou a se manifestar após a divulgação de um laudo psiquiátrico que aponta a possível inimputabilidade do suspeito. Em sua publicação, ela demonstrou preocupação com o rumo do processo e afirmou que a família revive o trauma sempre que surgem novas informações.

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O feminicídio ocorreu em 24 de junho, na casa da família, Gleici Keli Geraldo de Souza, de 42 anos, foi morta com 16 facadas enquanto dormia ao lado do marido, que é o principal acusado. A filha do casal, de 7 anos, também foi ferida, sobreviveu após 22 dias na UTI e hoje mora com a irmã mais velha, que assumiu totalmente os cuidados da criança.

“Eu ainda não perdi a fé na Justiça”

Nas redes sociais, a filha mais velha disse que acredita que o caso será julgado de forma correta e que a mãe merece justiça.


“Minha irmã precisa crescer sabendo que houve justiça. Que nossa mãe não morreu em vão”, declarou.

A jovem contou que a irmã enfrenta sequelas físicas e emocionais: precisou reaprender a andar e a se alimentar, usa medicamentos controlados e passa por acompanhamento psicológico, psiquiátrico, neurológico e cardiológico. Ela também apresenta medos constantes e traumas profundos.

A responsável pela criança relatou ainda que teve de abandonar a própria vida para assumir os cuidados da irmã caçula.

“Tive que reconstruir a vida enquanto tentava sobreviver ao luto e ao trauma”, afirmou.

Laudo aponta possível inimputabilidade

O acusado, Daniel, permanece preso preventivamente e recebe medicação dentro da unidade prisional. O laudo psiquiátrico aponta a possibilidade de inimputabilidade, quando o réu, no momento do crime, não teria capacidade de entender que o ato era ilegal ou de controlar suas ações.

Com essa conclusão, o processo segue agora para a fase de instrução, que inclui depoimentos de testemunhas, análises complementares e o interrogatório do próprio réu.

A filha, porém, critica a hipótese de Daniel ser considerado incapaz. Ela afirma que ele levava uma vida normal, com emprego, documentos e responsabilidades, e só teria sido considerado “sem discernimento” após o crime.


“É difícil aceitar que alguém que vivia normalmente seja visto como incapaz só depois de cometer um crime tão brutal”, disse.

“Isso não acabou”

A jovem reforçou que acompanhará cada passo do processo até que haja uma decisão justa.
“A história da minha mãe e da minha irmã não pode ser reduzida a mais um número. Vamos até o fim”, afirmou.

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