Família é condenada 17 anos após assassinato de empresário em Vera
Após 17 anos do crime, três pessoas da mesma família foram condenadas pelo Tribunal do Júri pela morte do empresário e produtor rural Adelfo Borghezan Peron, ocorrida em 20 de fevereiro de 2008, na zona rural de Vera, a 80 quilômetros de Sinop.
O júri popular, concluído na noite desta sexta-feira (7), reconheceu a culpa da viúva da vítima, Maria de Lourdes Pipper Peron, e dos filhos Adriano e Diomar Peron, que foram condenados por homicídio triplamente qualificado. Cada um recebeu pena de 18 anos e 8 meses de prisão, em regime inicialmente fechado.
A nora da vítima, Tamires Paula Tonin, que também respondia ao processo, foi absolvida por falta de provas.
O julgamento ocorreu ao longo da quinta-feira (6) e sexta-feira (7), no plenário da Câmara Municipal de Vera, seguindo todo o rito do Tribunal do Júri da Comarca. Durante as sessões, foram ouvidas testemunhas, interrogados os réus e apresentados os debates entre acusação e defesa, antes da votação final dos jurados.
O caso teve grande repercussão regional e estadual desde 2008. Inicialmente, a morte de Adelfo chegou a ser registrada como possível suicídio, mas as investigações e laudos periciais apontaram inconsistências que levaram à reclassificação do caso como homicídio.
Com a condenação, Maria de Lourdes, Adriano e Diomar Peron deverão cumprir a pena em regime fechado. O julgamento encerra um dos casos mais antigos e complexos da comarca de Vera, marcado por quase duas décadas de espera por justiça.
NORTÃO MT
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