Fagundes, líder do Bloco Vanguarda, classifica como “arbitrária” a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro
O senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do Bloco Vanguarda, o maior grupo de oposição do Senado, afirmou nesse sábado que a prisão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro é “arbitrária” e representa um grave risco às garantias fundamentais que sustentam o Estado Democrático de Direito. A declaração foi feita após a divulgação da ordem judicial que determinou a detenção do ex-chefe do Executivo.
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Em nota, Fagundes expressou “profunda preocupação” com os fundamentos utilizados pela Justiça, apontando falta de elementos concretos que justifiquem a medida extrema. Para o senador, a decisão “ultrapassa limites razoáveis” e falha ao não apresentar indícios objetivos de conduta criminosa atribuível diretamente ao ex-presidente.
Segundo o parlamentar, a determinação judicial recorre a interpretações que “desconsideram parâmetros da legislação processual penal” e, na avaliação dele, tenta imputar responsabilidade criminal por vínculos familiares,algo incompatível com o ordenamento jurídico brasileiro.
Outro ponto destacado por Fagundes é o estado de saúde de Bolsonaro. Ele classificou como “estranhável” a decretação da prisão mesmo diante das condições físicas delicadas do ex-presidente, que ainda enfrenta consequências de sequela do atentado sofrido em 2018 e de diversas cirurgias subsequentes.
“Uma medida tão extrema, adotada nessas circunstâncias, revela-se desproporcional e desnecessária”, afirma o líder do Vanguarda.
O senador manifestou solidariedade a Bolsonaro, à família do ex-presidente e a todos que, segundo ele, “se sentem injustiçados diante do episódio”. Também afirmou confiar que a defesa usará todos os mecanismos legais para reverter o que considera uma decisão que “fere princípios essenciais da democracia”.
Fagundes reforçou ainda a posição do Partido Liberal. Segundo ele, o PL tem em Jair Bolsonaro sua principal liderança nacional e seguirá “firme na defesa das liberdades, do devido processo legal e do respeito às instituições”.
A manifestação do senador passou a repercutir entre parlamentares e apoiadores do ex-presidente, ampliando o debate sobre os limites de atuação do Judiciário e os impactos políticos da prisão.




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