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Ex PM suspeito de matar advogada enfrenta júri popular nesta quinta em Cuiabá

Ex PM suspeito de matar advogada enfrenta júri popular nesta quinta em Cuiabá

Cristiane Tirloni foi encontrada morta em agosto de 2023; julgamento acontece sob sigilo nesta quinta-feira (25)

O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, será julgado nesta quinta-feira (25), em Cuiabá, pelos crimes de estupro e feminicídio da advogada Cristiane Castrillon Tirloni, 44. O júri será realizado no Fórum da capital, às 9h, e ocorre sob sigilo judicial.

A sessão será conduzida pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal. Por determinação judicial, o acesso ao plenário será restrito às partes do processo. A medida visa preservar a dignidade da vítima, já que o caso envolve crime sexual.

Segundo as investigações, Cristiane foi morta na madrugada de 13 de agosto de 2023, após sair para um encontro com o acusado. Ela foi espancada, violentada sexualmente e asfixiada dentro da casa de Almir, no bairro Santa Amália. O corpo foi deixado no próprio carro da vítima, no Parque das Águas.

Investigação

Imagens de câmeras de segurança mostraram Almir dirigindo o veículo de Cristiane após o crime. A polícia o localizou e, após ser confrontado, ele confessou o homicídio. O acusado ainda tentou limpar a cena com produtos químicos, o que levou à inclusão do crime de fraude processual.

Testemunhas relataram ter ouvido gritos na madrugada. O corpo permaneceu cerca de seis horas na casa antes de ser abandonado.

Histórico criminal

Almir foi expulso da Polícia Militar de Mato Grosso após envolvimento em um roubo. Ele tem passagens por crimes como furto, receptação e falsificação de documentos. Em 2023, chegou a ser detido para internação psiquiátrica, mas a medida não foi cumprida e ele permaneceu em liberdade.

A defesa tentou alegar insanidade com base em laudo antigo, mas exame realizado em janeiro deste ano atestou que ele tinha plena capacidade mental na data do crime.

Denúncia

O Ministério Público denunciou Almir por estupro, homicídio com quatro qualificadoras (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa e feminicídio) e fraude processual. A motivação seria a recusa da vítima a uma prática sexual. Outra mulher ouvida no inquérito relatou situação semelhante com o réu.

O júri

O julgamento será realizado com a participação de sete jurados, que decidirão sobre a responsabilidade do réu. Caso considerem Almir culpado, a juíza aplicará a sentença de acordo com a decisão do conselho de sentença.

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