Diferencial de Base do Milho em Mato Grosso atinge o menor valor desde março de 2022, refletindo alta no mercado interno
Diferencial de Base do Milho em Mato Grosso atinge o menor valor desde março de 2022, refletindo alta no mercado interno
Na última semana de novembro (25 a 29), o diferencial de base Mato Grosso-CME, que mede a diferença entre os preços do milho no estado e as cotações internacionais, registrou o menor valor desde março de 2022, encerrando o período em R$ -1,45 por saca. A redução de R$ 15,60 por saca em relação ao mesmo período do ano passado foi impulsionada pelos altos preços do milho no mercado interno, devido à menor oferta da safra 2023/24 e à crescente demanda.
Durante esse período, o milho disponível em Mato Grosso alcançou a média de R$ 57,00 por saca, um aumento significativo de R$ 21,41 por saca em comparação com o ano anterior. Já a cotação na CMEGroup fechou em R$ 58,45 por saca, reduzindo a diferença entre os preços locais e internacionais.
Oportunidades e desafios para os produtores
O estreitamento do diferencial de preços oferece aos produtores de Mato Grosso uma oportunidade no mercado interno, que se torna mais atrativo. No entanto, essa aproximação dos preços locais aos internacionais pode afetar a competitividade do milho de Mato Grosso no mercado global, representando um desafio para as exportações.
Esse cenário destaca a necessidade de estratégias comerciais bem planejadas, considerando tanto as condições do mercado interno quanto as externas, para maximizar os resultados da safra.
Área plantada maior, mas produção abaixo da safra anterior
A terceira estimativa para a safra de milho 2024/25 em Mato Grosso aponta para uma área plantada de 6,84 milhões de hectares, um aumento de 0,70% em relação à previsão anterior e de 0,56% frente à safra 2023/24. A expansão é impulsionada pela recuperação dos preços futuros, que garantem a cobertura do Custo Operacional Efetivo dos produtores.
Apesar do aumento na área plantada, a produtividade estimada sofreu um pequeno ajuste para baixo, com uma redução de -0,02%, ficando em 111,72 sacas por hectare. A produção total foi revisada para 45,85 milhões de toneladas. A maior área plantada, no entanto, depende de uma colheita acelerada de soja entre janeiro e fevereiro de 2025, o que pode afetar a janela ideal para o plantio do milho.
Fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do CenarioMT
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