Delegado Bruno França detalha investigações da chacina em Sorriso: “Crime brutal que abalou toda a cidade”
O delegado Bruno França, responsável por chefiar as investigações da chacina que vitimou uma mãe e suas três filhas em Sorriso concedeu entrevista nesta quinta-feira (7), durante o julgamento do réu Gilberto Rodrigues dos Anjos, acusado de cometer o crime. Segundo o delegado, este é um dia marcante para a cidade, apesar da dor que ainda permanece na comunidade.
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“É uma data não desejada, mas de importância, até mesmo no processo de cura da família e da comunidade em si”, afirmou o delegado, que prestou depoimento como testemunha técnica no Tribunal do Júri. França liderou as apurações que levaram à prisão em flagrante do suspeito, no dia seguinte ao crime, ocorrido em fevereiro deste ano.
De acordo com ele, a identificação de Gilberto se deu por uma série de elementos investigativos, entre eles, a compatibilidade perfeita entre a marca do chinelo do suspeito e uma pegada encontrada no sangue de uma das vítimas. “Esse foi o motivo determinante para a prisão. Mas somamos também um mandado de prisão em aberto por crime semelhante e diversas contradições nas respostas dadas por ele durante o interrogatório”, explicou.
O delegado destacou ainda o trabalho conjunto com a Polícia Científica, que possibilitou reconstituir a dinâmica do crime e confirmar a materialidade. “Conseguimos identificar como essa brutalidade foi cometida. Foi um trabalho minucioso e doloroso, mas necessário para dar uma resposta à sociedade”, disse.
França reforçou a expectativa de que o julgamento traga algum alívio à família das vítimas e sirva de alerta para toda a comunidade. “Foi uma injustiça enorme que abalou a cidade. Esperamos que tudo termine da melhor forma possível”, finalizou.
O julgamento de Gilberto Rodrigues dos Anjos ocorre no Plenário do Fórum da Comarca de Sorriso e deve se estender ao longo do dia. Ele responde por quatro homicídios qualificados.
Por Ana Flávia Moreira/Jornalista
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