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Defesa tenta reduzir pena de 225 anos, e MP pede manutenção da condenação do “Monstro de Sorriso”

Defesa tenta reduzir pena de 225 anos, e MP pede manutenção da condenação do “Monstro de Sorriso”

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) defendeu a manutenção da pena de 225 anos de prisão aplicada a Gilberto Rodrigues dos Anjos, condenado pelos estupros e assassinatos de Cleci Calvi Cardoso e de suas filhas Miliane (19), Manuela (13) e Melissa (10), crime que chocou o estado em novembro de 2023, em Sorriso.

A manifestação do MP foi apresentada em contrarrazões à apelação criminal ingressada pela Defensoria Pública, que busca reduzir a sentença. A promotoria afirma que a decisão judicial não apresenta falhas e que a pena é compatível com a “gravidade extrema” e o caráter hediondo dos crimes.

MP: pena é necessária para punir e prevenir

O promotor Luiz Fernando Rossi Pipino, responsável pelo caso, sustentou que a pena fixada pelo juiz é proporcional à brutalidade dos crimes e cumpre a dupla função de punição e prevenção. Ele citou que a resposta penal deve ter “caráter aflitivo”, a fim de reprimir condutas semelhantes e proteger a sociedade.

Segundo o MP, a dosimetria foi corretamente aplicada e “não merece qualquer reparo”, rejeitando integralmente a tese da defesa.

Defesa aponta falhas e pede revisão

A Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT), que representa o condenado, argumenta que a sentença apresenta inconsistências, especialmente na 1ª fase da dosimetria da pena, afirmando que o juiz não explicou claramente as frações usadas no cálculo.

Os defensores alegam que essa falta de fundamentação pode gerar nulidade do julgamento e solicitam que o Tribunal de Justiça reveja a pena, ajustando a pena-base nos quatro homicídios e três estupros, com detalhamento dos critérios utilizados.

A defesa também destacou que Gilberto confessou os crimes ainda na fase de inquérito policial, o que deveria ser considerado como atenuante.

Por Gazeta Digital

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